50 anos da retomada sino-brasileira: o retrato de um imperativo de Terceiro Mundo
Após uma ruptura marcada por paranoia ideológica no Golpe de Estado de 1964, as relações sino-brasileiras foram retomadas ainda na mesma ditadura que as execrou
Após uma ruptura marcada por paranoia ideológica no Golpe de Estado de 1964, as relações sino-brasileiras foram retomadas ainda na mesma ditadura que as execrou
Em uma região cada vez mais central na disputa entre Estados Unidos e China, esse pequeno Estado do Pacífico composto de quinze ilhas procura entender como lidar com o risco existencial das mudanças climáticas enquanto decide se autoriza a mineração em seus oceanos de metais essenciais para a transição energética
Em julho, a Austrália e a Nova Zelândia participaram em Washington da cúpula da Otan. Wellington considera até a conclusão de uma nova parceria com a organização. O objetivo seria conter a China, que, por sua vez, cuida de suas relações com as Ilhas Salomão e Kiribati. Nesse contexto – e na crise climática –, os territórios oceânicos encontram-se encurralados, obrigados a escolher um lado
A vontade de Washington de limitar as trocas comerciais com a China apresenta uma dificuldade considerável para as multinacionais, cujos modelos econômicos levam em conta, há muito tempo, a existência do gigante asiático. Elas achariam suficiente voltar-se para a Índia?
Nos Estados Unidos, republicanos e democratas discordam de quase tudo, menos quando se trata da China: em relação a esse assunto, todas as divisões se apagam. Na França, o setor privado teme uma forma de ruptura com a potência asiática provocada pelo alinhamento do Ministério das Relações Exteriores com a postura dos Estados Unidos. Contudo, que ameaça a China representa de fato para o Ocidente?
Entregas de armas de Washington contra operações navais de Pequim, provocações do Congresso norte-americano contra discursos marciais do presidente Xi Jinping – a aproximação das eleições gerais em 13 de janeiro em Taiwan exacerba as tensões entre os Estados Unidos e a China. No local, a rivalidade geopolítica às vezes se disfarça por trás de outros debates: aqueles que dividem a sociedade em torno de sua “identidade profunda”
O embate entre Otan e a Rússia trará como efeito uma reordenação permanente no jogo das correlações de forças geopolíticas no século XXI
Quem vencerá a batalha global dos algoritmos e das máquinas “que aprendem”? Os Estados Unidos ou a China? Por trás dessas questões esconde-se uma realidade mais prosaica. Para as empresas do Vale do Silício, o momento é propício para captar centenas de bilhões de dólares em subsídios públicos, mesmo que isso signifique tornar ainda mais dramático o confronto entre Washington e Pequim
Os rastros de destruição do projeto chinês para uma ‘civilização ecológica’ na Amazônia e no Cerrado brasileiros
Essa nova correlação de forças da geopolítica mundial levou, anos depois, ao fortalecimento de setores neofascistas que chegaram ao poder em diversos países, como os EUA com Trump, Brasil com Bolsonaro, e Polônia, Hungria no leste europeu, além da Ucrânia. No mesmo caminho, encontramos a Turquia, a Índia, as Filipinas, entre outros.