Em meio a polêmicas, Brasil retoma política externa pragmática
País vive momento oportuno para se recolocar como ator relevante nas relações internacionais
País vive momento oportuno para se recolocar como ator relevante nas relações internacionais
Após sete anos de rompimento, a Arábia Saudita e o Irã restabeleceram relações diplomáticas. Graças à sua bem-sucedida mediação, a China assume o papel de protagonista nas relações internacionais, demonstrando que os Estados Unidos não têm mais o monopólio da influência no Oriente Médio. Resta saber se os países recém-aproximados serão capazes de superar seus múltiplos desacordos
Após um longo eclipse, a Rússia retoma o passo na África. Apresentado por Paris como uma manobra tortuosa, esse retorno assinala, na verdade, a banalização da potência russa. Moscou que, no passado, apoiou lutas contra o apartheid na África do Sul e pela descolonização, contenta-se atualmente em preencher sua carteira comercial e reforçar parcerias de segurança
Como poucas vezes em nossa história, as idiossincrasias presidenciais afetam de maneira profunda a política externa do Brasil, prejudicando nossa inserção internacional e causando danos à imagem do país
O elitismo dentro do Itamaraty e no judiciário brasileiro
O Itamaraty registra somente 22,6%3 do quadro feminino, tendo suas atuações caracterizadas por relatos de discriminação e dificuldade de avançar na carreira, que denota baixa taxa de ocupação dos postos de chefia na hierarquia do Ministério das Relações Exteriores. Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais
Na maior parte dos países ocidentais, os habitantes e administradores das metrópoles estão descontentes. Apóstolos do progressismo, da abertura e da inovação, eles não apreciam a trajetória adotada pelo resto do país, as cidades pequenas e a zona rural, que se deixaram levar pela extrema direita e pelo populismo; e articulam um contra-ataque.
A proteção de bens públicos requer uma soberania responsável. Até agora a abordagem mais utilizada são as negociações internacionais, como o Acordo de Paris ou o Protocolo de Quioto. Há também muitos exemplos de mecanismos pró-mercado que recompensam as reduções em emissões de efeito estufa e esforços em reflorestamento.
Após 63 anos do fim da guerra que dividiu a Coreia, nenhum acordo de paz foi assinado para normalizar as relações entre os países. No Sul, políticos conservadores ruminam uma absorção do Norte segundo o modelo da reunificação alemã, operada pelo nocaute do regime comunista.
O processo de substituição de Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral das Nações Unidas está aberto. O novo nome será divulgado até o fim deste ano. Shashi Tharoor, autor deste artigo, foi secretário-geral adjunto antes de apresentar sua candidatura nas eleições de 2006Shashi Tharoor
Ainda que a Ásia ganhe importância, o Oriente Médio continua sendo o local favorito dos mercadores de armas, principalmente dos Estados Unidos. Paralelamente, os conflitos passam pela internet (pág. 25) e falamos cada vez mais de “ciberataques” (págs. 26 e 27). Hoje, como ontem, a corrida armamentista se faz praticamePhilippe Leymarie
Há (pelo menos) três assuntos que o Le Figaro deve tratar com cuidado: o LVMH, o grupo de Bernard Arnault, um dos principais anunciantes da imprensa; a Publicis, pelas mesmas razões; e, por fim, a Dassault Aviation, pois, como destaca o próprio jornal conservador ao fim de cada artigo sobre o Falcon ou o Rafale, “O GruSerge Halimi
Será que devemos considerar os softwares e hardwares do Google, da Apple e da Amazon como armas? Os gigantes norte-americanos da “nova economia” são intimamente ligados à Secretaria da Defesa dos Estados UnidosThibault Henneton
Se a guerra tem seu direito e suas regras, a ciberguerra, por sua vez, não tem contornos definidos. Desse modo, uma questão se impõe: como regulamentar um enfrentamento no qual a simples identificação dos protagonistas é difícil de ser feita e o qual se desenrola sobre um terreno civil, a internet?Camille François
A escolha de Paris não decorre, para começar, de um erro de análise estratégica. Trata-se, muito mais, de atiçar a paranoia de monarcas temerosos de se verem oprimidos pelo Irã e seus aliados, no intuito de lhes fornecer armas suplementares.Serge Halimi
Depois de trinta anos de enfrentamentos diretos ou via países terceiros, o Irã e os Estados Unidos estão prestes a normalizar suas relaçõesSerge Halimi
Primeiro, os EUA apoiaram a Irmandade; depois, mantiveram sua ajuda militar ao Cairo quando o presidente Morsi foi “deposto”.Serge Halimi
No dia 19 de novembro, o Estado-Maior das Farc deu ordem a todas as suas estruturas de cessar qualquer operação ofensiva até o dia 20 de janeiro. Em um comunicado, pediu ao governo que fizesse o mesmo, para oferecer uma trégua aos colombianos. O pedido não só foi negado, como as operações militares se multiplicaramHernando Calvo Ospina
Nesse caso, a Europa tem agido como um retransmissor diplomático de Tel-Aviv. E a França contribui para esse alinhamentoSerge Halimi
Concebida como uma acusação contra a política externa dos democratas, o livro de campanha de Romney vale sobretudo pelo que revela do âmago da doutrina do candidato. As páginas dedicadas aos acontecimentos ocorridos em Honduras em 2009 e as declarações sobre a Indonésia de Suharto são particularmente dignas de atençãoJohann Hari
Os líderes mundiais diplomaticamente reconheceram que no momento não são capazes de liderar nossa civilização para lidar com as importantes e urgentes questões globais com as quais deparamosAna Toni
As discussões do Grupo dos Seis – EUA, Japão, Coreia do Sul, China, Rússia e Coreia do Norte –, interrompidas após a morte de Kim Jong-il, foram retomadas para obter um recuo no programa nuclear norte-coreano. Mas enquanto o novo presidente multiplica suas visitas às Forças Armadas, seu irmão prevê o colapso do regimeBruce Cumings
Desde a assinatura de um cessar-fogo entre a Frente Polisário e o governo do Marrocos, todas as tentativas de solução diplomática da situação do Saara Ocidental falharam. Enquanto isso, na realidade nua e crua, a situação se degenera cada vez maisOlivier Quarante
Tradicionais “esquecidos” das guerras, os refugiados e deslocados são quase 5 milhões no Iraque desde 2003. A reação internacional, diante desse tipo de crise, não parece muito apropriada. Vizinhos como a Síria acolhem a maioria, mas sua capacidade de gerenciar essas populações tem limite