O PT e o atraso
O grande mérito histórico do PT é fazer com que o partido populista seja também um partido popular. Uma análise crítica do livro PT, uma história, de Celso Rocha de Barros (Cia. das Letras, 2022)
O grande mérito histórico do PT é fazer com que o partido populista seja também um partido popular. Uma análise crítica do livro PT, uma história, de Celso Rocha de Barros (Cia. das Letras, 2022)
Não víamos algo assim desde a mobilização de 2003 contra a guerra no Iraque liderada por George W. Bush e Tony Blair. Em 11 de novembro de 2023, segundo os organizadores, mais de 800 mil pessoas ocuparam as ruas de Londres em solidariedade a Gaza. Os manifestantes dirigiam-se ao governo conservador, bem como ao Partido Trabalhista, que também se posicionou a favor de Israel
À medida que os israelenses se inclinam para a direita, os judeus norte-americanos ancoram-se na esquerda. Resultado, o lobby pró-Israel nos Estados Unidos agora se baseia mais nos cristãos fundamentalistas do que nos judeus. Enquanto isso, a guerra em Gaza impacta as universidades, com financiadores decidindo sancionar instituições críticas ao governo israelense
Lula acaba de voltar ao poder e já tem que enfrentar a espinhosa questão das taxas de juros abusivas. No entanto, a situação atual é, em grande parte, resultado das políticas de crédito adotadas pelo PT nos anos 2000
Fazer com que as lutas dos povos afroindígenas coincidam com as da esquerda nunca foi óbvio e muito menos uma tarefa fácil, pois muitas vezes a esquerda partidária é levada pela urgência institucional
Pode-se atribuir muitas coisas às Jornadas de Junho de 2013, inclusive de ser um elemento que contribuiu para a instabilidade do governo Dilma, contudo, além de estar longe de ser o único e determinante, as mobilizações populares em torno de pautas de esquerda fazem parte da própria história do Partido dos Trabalhadores
O sentido democrático recuperado por Lula, para o Brasil e para a região, seria, se Petro não existisse, apenas um sentido para uma “democracia de baixa intensidade”
Grande mídia: ir com ela ou não? Todo mundo que quer mudar o mundo já se deparou com esse dilema. De um lado, a necessidade de popularizar as lutas, o êxtase da visibilidade. De outro, a submissão aos padrões jornalísticos e à engrenagem da política como espetáculo
Para o bolsonarismo, a eleição é uma batalha perdida, mas não a guerra. Para os seus inimigos, a vitória é uma trégua
De Jean Jaurès a Aristide Briand, de Lenin a Clara Zetkin, quando uma guerra eclodia na Europa e ameaçava enterrá-la, líderes da esquerda e manifestantes pacifistas levantavam sua voz. Esse não é o caso da guerra na Ucrânia. Enquanto o conflito se alastra e a mídia se inflama, a esquerda europeia emudece
Em um país onde a mídia é tão concentrada como no Chile, organizar um referendo sem reformar o setor equivale a alçar os donos dos meios de comunicação à categoria de grandes eleitores. Porém, isso é suficiente para elucidar a rejeição do projeto de nova Constituição? Ou há outras razões para explicar por que o povo nem sempre vota como os progressistas gostariam?
A conjuntura indica que, em que pese a possibilidade de transformações políticas a curto e médio prazo nas sociedades sul-americanas, sua estabilidade e governabilidade ainda precisam passar por uma construção pos facto que só virá com a criação de uma base de apoio sólida