“Uma ideia perigosa”
A União Europeia exigiu que países equilibrassem suas contas. A implementação de medidas como investimentos públicos e intervenção estatal, são eficazes em tempos de crise
A União Europeia exigiu que países equilibrassem suas contas. A implementação de medidas como investimentos públicos e intervenção estatal, são eficazes em tempos de crise
A falta de quadros e a desconfiança dos meios econômicos têm frequentemente constituído um obstáculo para o partido da extrema direita francesa Reunião Nacional. Sua normalização nas questões fiscais, monetárias e europeias soa como um convite para a classe dirigente. Como ela está reagindo a isso?
A eleição europeia de 9 de junho não modificou os equilíbrios políticos no Parlamento. As direitas nacionalistas avançam, mas permanecem desunidas; liberais e ecologistas recuam; sociais-democratas e o Partido Popular mantêm sua posição dominante. Porém, por trás dessa aparente continuidade, emerge um bloco ideológico neoconservador encarnado por Ursula von der Leyen
Na França, as áreas metropolitanas não param de se expandir e, com elas, as fronteiras invisíveis entre o centro da cidade e a periferia. Para conectar uma à outra, os trens expressos mostraram sua eficácia em toda a Europa, mas tardam a se desenvolver na França, exceto em Paris. Divididas a respeito da urgência ecológica, as autoridades públicas dificultam o transporte ferroviário
A guinada belicista polonesa e alemã, embora visem a contenção da Rússia, constituía-se como o início de uma “corrida armamentista” dentro da União Europeia. No entanto, a situação mudou com a vitória de Donald Tusk e a volta de um governo de direita “moderado” na Polônia
Do ponto de vista do direito internacional, a situação é clara: a Rússia ocupa ilegalmente seu vizinho ucraniano, assim como Israel ocupa ilegalmente seu vizinho palestino. Ambos deveriam inspirar a mesma reprovação dos ocidentais. Não é o que acontece
O Velho Continente escreve seu futuro ampliando seus erros passados: a exploração da mão de obra barata, um sentimento de insegurança econômica crescente nas classes populares das nações do oeste e uma sensação de subordinação, de colonização que não diz seu nome, no leste
Imigrantes se amontoam às portas do Velho Continente; a direita denuncia, aos gritos, a invasão; a esquerda se divide; em seguida, todo mundo passa a outra coisa, até a próxima “crise”. Visto da Europa, o cenário é conhecido. E visto da África?
Depois das eleições legislativas que não deram maioria a nenhum partido, em julho de 2023, os socialistas espanhóis esperavam contar com a sorte de o líder dos conservadores, Alberto Núñez Feijóo, não conseguir formar um governo – uma ambição que depende do apoio de grupos preocupados com a explosiva questão identitária. A que preço?
Apesar da oposição dos militantes do Partido Trabalhista, um de seus líderes, o ex-primeiro-ministro Harold Wilson, conseguiu a ratificação da entrada do Reino Unido na Europa. A medida abriu caminho para uma reconfiguração política que, eventualmente, levaria à saída do país da União Europeia em janeiro de 2020
Esquecidos os tumultos do último verão, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, ameaçava então os italianos de represálias caso eles conduzissem ao poder Giorgia Meloni. Agora, as duas dirigentes, uma de direita, a outra de extrema direita, não economizam sorrisos diante dos fotógrafos
Há mais de um século e meio, os trabalhadores da indústria relojoeira suíça contribuíram para o impulso do anarquismo como corrente política revolucionária. Organizados, treinados em combates sociais, conscientes da realidade econômica mundial e pioneiros em matéria de cooperação operária, eles influenciaram movimentos antiautoritários por toda a Europa