Divórcio com a Europa: hard brexit?
Os entraves surgidos e o lento ritmo das negociações conduziram à formulação de um novo conceito: o hard brexit, isto é, a possibilidade de um rompimento com a União Europeia sem qualquer tipo de acordo
Os entraves surgidos e o lento ritmo das negociações conduziram à formulação de um novo conceito: o hard brexit, isto é, a possibilidade de um rompimento com a União Europeia sem qualquer tipo de acordo
Na rota para a Galiza, os caminhos de Santiago atraem todos os anos centenas de milhares de caminhantes. Promotor desse sucesso, o Conselho da Europa realizou um sonho que os papas Leão XIII e João Paulo II partilharam com Francisco Franco: alimentar, por meio desse mito, as raízes cristãs do Velho Continente, ainda que tomando algumas liberdades com a história e a geografia
Fruto de uma campanha política euroceticista, o Brexit ainda permanece uma decisão contestável e incerta Ao mesmo tempo, oposição demonstra incapacidade em propor debates e ações efetivas para reverte-lo
As universidades de Limoges, na França, de Basileia, na Suíça, e de Barcelona, na Espanha, oferecem cada vez mais diplomas em Direito Animal. O dinamismo dessa disciplina testemunha a crescente institucionalização da questão animal, em particular nos países ricos
Nossos infindáveis moinhos de orações concluíram desse episódio que seria preciso haver mais da Europa. Mas, quanto mais esta se expande e se institucionaliza, menos resiste às ordens norte-americanas.
Na França, as guerras de religião nem sempre foram metafóricas.
Enquanto as esquerdas “desaprenderam” a se comunicar com os trabalhadores e com os mais pobres, a extrema-direita e os populistas têm estreitado sua capacidade de diálogo com esses grupos
Impor sua agenda no debate público, levar a batalha cultural paralelamente ao combate político: na Alemanha, como em outros lugares, as formações nacional-conservadoras se aplicam em preencher essa dupla tarefa. Isso passa pela criação de revistas, editoras e jornais. É o caso do Junge Freiheit, semanário que conheceu um crescimento fulgurante nos últimos anos Rachel Knaebel
Em contraste com a recorrente interpretação que, à luz da categoria de “totalitarismo”, equipara o nazismo e o bolchevismo – e especificamente Hitler e Stálin –, este artigo pretende demonstrar que os líderes do nazismo alemão e da União Soviética tinham posições políticas antagônicas. Hitler parece estar muito mais próximo da política de Winston Churchill. Acima de tudo, este ensaio se concentra no conceito de colonialismo: em seu interior, as diferenças entre Hitler e Stálin tornam-se óbvias. A guerra de Hitler foi uma guerra colonial, de base racial, bastante semelhante à política de conquistas dos Estados Unidos. A União Soviética de Stálin se opôs de forma vigorosa e bem-sucedida a essa guerra. Ou seja: Stálin e Hitler não são irmãos gêmeos, e sim inimigos mortaisDomenico Losurdo
As eleições legislativas de 24 de setembro não anunciam bons presságios para o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD). Para além das decepções nos últimos escrutínios regionais e das alianças acrobáticas, o núcleo de sua ideologia parece ter se desintegrado. Nas administrações locais, militantes desconcertados procuram em vão por uma linha mais bem definida
Há dez anos eclodia a crise financeira mais grave desde 1929. Os banqueiros retomaram seus negócios habituais, mas a onda de choque continua. Ela tornou caducos certos modelos de crescimento e provocou o descrédito maciço do mundo político. A essas duas crises soma-se outra, ecológica, que ameaça o planeta em si. Como os pensadores críticos articulam essas três dimensões?
Se na primeira grande onda neoliberal (1990) era possível prever os efeitos socioeconômicos de futuras crises na Europa olhando para o Brasil, não há dúvidas de que hoje, nós, brasileiros, podemos prever o que possivelmente nos acontecerá olhando o que passou na Espanha. Viveremos a “espanholização do Brasil”