Reincidências
Tanto no entreguerras como hoje, um liberalismo autoritário em luta contra as conquistas do movimento operário se acostuma sem reclamar com as explosões xenófobas e antissemitas
Tanto no entreguerras como hoje, um liberalismo autoritário em luta contra as conquistas do movimento operário se acostuma sem reclamar com as explosões xenófobas e antissemitas
O novo Parlamento iraniano terá menos ultraconservadores. Mas o jogo eleitoral mascara a estreiteza das possibilidades de transformação social. Mantendo as esperanças de mudança, os moderados e reformistas que apoiam o presidente Hassan Rohani esperam melhorar, sem ruptura, um regime cuja força hoje reside mais no fermShervin Ahmadi|Philippe Descamps
O respeito do Irã ao Tratado sobre a não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) traz consigo a suspensão progressiva das sanções internacionais. A abertura comercial e suas repercussões políticas influenciarão as eleições legislativas de fevereiro.Florence Beaugé
Criaturas frágeis e oprimidas que desaparecem sob o xador ou a burca. Essa é a eterna representação das mulheres árabes proposta pela mídia ocidental, misturando despreocupadamente contextos e nacionalidades. Tais mulheres estariam, portanto, fora do seu tempo?Sahar Khalifeh
Distante da imagem midiatizada – e positiva – das combatentes, a condição feminina no Curdistão iraquiano permanece controversa. Ainda que notáveis progressos tenham acontecido em termos de emancipação, inclusive no plano legislativo, a opressão misógina e males como os crimes de honra perduramNada Maucourant
Quatro anos após a queda do ex-presidente Zine al-Abidine ben Ali, as diferenças de condição entre as mulheres refletem uma Tunísia dividida no plano político e enfraquecida pelas desigualdades sociais e disparidades regionaisFlorence Beaugé
Apesar de suas reivindicações jamais terem sido reconhecidas, as populações curdas do Iraque e da Síria se veem impelidas à primeira linha do combate contra o Estado Islâmico. Elas recebem um unânime apoio de fachada que mal esconde as disputas de influência dos ocidentais, dos turcos e dos iranianos, que sempre combatAllan Kaval
No olho do furacão. Assim se sente a Arábia Saudita, cercada por ameaças às suas fronteiras, seja no Iêmen, seja no Iraque. O aumento do poder do Irã lhe parece um perigo mortal. O que fazer então em uma situação em que, além disso, se desenham os contornos de um acordo Washington-Teerã?Alain Gresh
Uma escola vendida pela prefeitura e transformada em mesquita… Essa imagem – pelo menos aproximada – destacada no dia 11 de abril no canal Europe 1 pelo filósofo Alain Finkielkraut revela o fantasma cada vez mais difundido da invasão árabe-muçulmana da Europa. Especialmente graças ao livro Eurábia, lançado em 2005Raphaël Liogier
Golpe? Levante popular? Nova fase da revolução? Como classificar o movimento maciço contra Morsi e a destituição do primeiro presidente civil democraticamente eleito do Egito? Se a Irmandade Muçulmana carrega responsabilidade pelo fracasso, a sombra dos militares e do antigo regime se ergue por trás dos manifestantesAlain Gresh
Enquanto os combates se intensificam na Síria e a Otan desembarca mísseis na Turquia, o regime de Bashar al Assad tenta reprimir o levante popular. Ele se apoia sobre uma violência sem limites, mas também no pavor entre as minorias, em primeiro lugar as alauitas, de ascensão de um islamismo sunita jihadistaSabrina Mervin
Duas tendências se distinguem no renascimento religioso atual: por um lado, o “islamismo de mercado”, com sua moda, música pop e até refrigerantes próprios, que refletem uma afirmação a partir da cultura de massa; por outro, o neofundamentalismo que defende o êxodo da Europa como forma de romper com o Ocidente