A escravatura atual chama-se fome
O colonialismo aqui iniciou em 1500 com a invasão portuguesa e, como Estado e como nação, seguimos desqualificando as questões estruturais responsáveis pela fome e o sofrimento social do povo
O colonialismo aqui iniciou em 1500 com a invasão portuguesa e, como Estado e como nação, seguimos desqualificando as questões estruturais responsáveis pela fome e o sofrimento social do povo
Membro da Organização dos Produtores de Petróleo Africanos, a Guiné Equatorial enfrenta seu oitavo ano de recessão. O país sofre com a corrupção endêmica organizada pela família do ditador Teodoro Obiang Nguema, no poder há 42 anos. Na Espanha, antiga potência colonial, a complacência com o regime começa a diminuir
O aquecimento global está diretamente ligado à injustiça social, por isso é fundamental englobar a interseccionalidade no debate e nas políticas voltadas ao combate às mudanças climáticas
Dados do Global Resources Outlook (2019) apontam que 68% da extração de todos os recursos consumidos no mundo concentra-se em apenas 10 países. Ou seja, para 70% do mundo consumir, 10 países arcam com as consequências ambientais e sociais da extração
Legado do neocolonialismo, a noção simplificadora e estereotipada afeta o nosso entendimento em relação a diferentes aspectos do continente. Sem enfrentar esse tipo de visão, nunca teremos acesso à realidade complexa e própria da região. É dessa forma que distorções históricas ganham terreno fértil, explorado pela mídia e charlatões nas redes sociais
O imperialismo sobre África não é apenas um jogo geopolítico, mas uma fase natural da expansão capitalista. Assim que o capitalismo se torna altamente desenvolvido dentro de uma determinada fronteira, ele parte para sua próxima fase que, ao tempo de Vladimir Lênin, era a expansão imperialista sobre a África, que virou um local de luta entre os colonizadores.
Os investimentos franceses na China são seis vezes maiores que os chineses na França. Porém, enquanto em Pequim ninguém se preocupa com uma “invasão europeia”, a cobiça oriental assusta diversos comentaristas em Paris. Esse fluxo de capital estrangeiro, seria impossível na presença de uma política industrial ambiciosaMartine Bulard