O SUS contra a barbárie neoliberal
Não se trata apenas de um projeto econômico que disputa o volume de recursos ou a prioridade conferidos ao SUS, mas sim, um projeto que ataca os princípios da universalidade e da solidariedade que o fundam.
Não se trata apenas de um projeto econômico que disputa o volume de recursos ou a prioridade conferidos ao SUS, mas sim, um projeto que ataca os princípios da universalidade e da solidariedade que o fundam.
Enquanto elementos determinantes para a proteção da saúde pública, como a falta de prazos para atingir a boa qualidade do ar, continuarem a ser considerados um mero dissenso, estaremos condenados à poluição
O SUS só será sustentável se aumentarmos a nossa capacidade de produção, pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos, tecnologias e serviços da saúde
No calamitoso cenário da América Latina e do mundo, como pode Cuba, enfraquecida economicamente e sob embargo, destacar-se de maneira tão exitosa?
Dados da Rede Nossa São Paulo mostram um aumento de 45% nas mortes por covid-19 nos 20 distritos mais pobres da cidade e de 36% nos 20 mais ricos. Condições de moradia explicam esse dado. E as condições de moradia, que resultam na morte mais acelerada nos bairros pobres, por sua vez, é resultado da política de habitação do país
Sugerir que os problemas da saúde pública surgem em decorrência da gestão, apontando tão somente para a inovação no modo de gestão como solução, revela uma tendência em justificar sua “ineficiência” em virtude de dificuldades meramente gestacionais ao tempo em que ignora a decisão política de inviabilizar a saúde pública gerida e operacionalizada pelo Estado.
O fracasso da proibição levou um número crescente de países – como o Canadá, a partir de outubro – a legalizar o uso e até o comércio da maconha. Desde os anos 1990, a Suíça prefere o controle do consumo à interdição, inclusive de heroína. Essa abordagem é defendida por dependentes, por médicos, pela população e… pelas forças da ordem
Mercado e saúde não têm se revelado uma boa combinação: custos elevados, mau atendimento, negativas de exames e de cirurgias. O setor público não se sai melhor. O corporativismo e uma política deliberada de privatização contribuem para isso. É nesse contexto que as reações ao Mais Médicos precisam ser analisadasPaulo de Tarso Soares|Ana Paula Paulino da Costa|José Paulo Guedes Pinto
Em entrevista recente, Richard Sennet apontou a tendência atual de adoção de um modelo em que as organizações já não empregam trabalhadores, mas compram trabalho. O mesmo estaria se passando com o EstadoSonia Fleury
Apesar de uma parte de nossos representantes políticos temer contrariar supostas inclinações privatizantes das classes médias ou não ter compreendido o real valor de sistemas universais, as evidências são acachapantes: não ingressaremos no mundo desenvolvido sem um Sistema Único de Saúde para valerLigia Bahia