Das intifadas aos dias atuais
Leia o quarto artigo da série Limpeza étnica na Palestina sobre as intifadas palestinas como forma de protestos popular perante a violência perpetrada pelo Estado de Israel
Leia o quarto artigo da série Limpeza étnica na Palestina sobre as intifadas palestinas como forma de protestos popular perante a violência perpetrada pelo Estado de Israel
Evidências apontam que é melhor desafiar um presidente de esquerda do que um líder que chegou ao poder por um golpe de Estado. Uma comparação dos tratamentos reservados a levantes recentes em dois países latino-americanos aponta que nem todas as mobilizações têm a mesma legitimidade perante os tribunais midiáticos e diplomáticos
Conciliar o apoio popular maciço com a fraqueza relativa das forças mobilizadas em campo: esse é o desafio enfrentado pelos militantes sindicais em luta contra a reforma da previdência na França. Eles o aceitam mais ou menos bem, contando com o tempo. Exemplos no oeste do país
A revolta popular provocada pela perspectiva de trabalhar por mais dois anos e pela aprovação forçada do Executivo confirma uma virada. Abalado por governos que definiram como objetivo a felicidade dos acionistas, o crédito concedido pela população ao mundo político desmorona. Este abdicou de sua missão, a ponto deixar nas mãos do Conselho Constitucional uma decisão da qual depende a vida de milhões de trabalhadores. Quando o descontentamento das pessoas comuns serve de guia (ver pág. 2), os líderes sabem alimentar dois tipos de reação: a resignação ou a revolta. Eles estavam contando com a primeira. No entanto, o desejo de viver uma vida digna reacendeu nos menos politizados a força de lutar. E até a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT) redescobriu as virtudes da luta
O discurso vazio do Executivo e a brutalidade policial testemunham a agitação febril do poder francês. E não poderia ser diferente: a contestação da reforma das aposentadorias carrega a semente do rechaço à ordem social sustentada pelo governo
Entre derrotas, como as de Trump e de Bolsonaro, e vitórias, como de Meloni na Itália e a manutenção de alguns líderes no leste europeu, a extrema direita mantém-se viva aos solavancos
Em fevereiro de 2022, protestos de revolta irromperam nas principais capitais do Brasil em resposta ao brutal assassinato do trabalhador congolês Moïse Kabagambe. Esses atos revelam uma articulação latente e uma pauta urgente para os movimentos sociais
Epicentro da revolução egípcia há dez anos, a Praça Tahrir, no Cairo, esteve no coração dos confrontos e da mobilização que levaram à queda do presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011. Desde o golpe de Estado militar perpetrado em 3 de julho de 2013, o regime se reapropriou do lugar, limpando-o de qualquer vestígio da revolta popular
O que parece estar em marcha na Rússia de hoje com os protestos é a possibilidade de uma renovação no interior da gestão oligarca do Estado
Protestos da população diante da situação de emergência instaurada pelo apagão são respondidos com violência do Estado. Publicação da ARTIGO 19 alerta para a perpetuação de violações ao direito de protesto
Os movimentos atuais assumem novas formas: manifestações e ocupações de massa e repentinas. Com variações em função das situações, apresentam-se como antiautoritários e horizontais. Mesmo que vejamos aparecer líderes e porta-vozes, nenhum deles os controla. São movimentos da era digital, mesmo quando essa característica não é suficiente para defini-los
Eles começaram pedindo a retirada do projeto de lei sobre extradição; agora reivindicam sufrágio universal. Descendo às ruas às centenas de milhares, os habitantes de Hong Kong não esmorecem, apesar da repressão do poder local e das ameaças dos dirigentes chineses. O conflito pega mal para Pequim, num momento em que Washington tenta conter sua ascensão