O controle da máquina pública
É fácil compreender por que os grandes bancos privados mantêm o controle do BC e do Copom: seus ganhos de bilhões vêm principalmente daí.
É fácil compreender por que os grandes bancos privados mantêm o controle do BC e do Copom: seus ganhos de bilhões vêm principalmente daí.
O quadro macroeconômico que aqui apresentamos vai muito além do “tripé” tão falado, superávit primário, câmbio flutuante e meta de inflação. Em termos gerais resume o dreno financeiro que assola o país, que provoca paralisia econômica, uma tragédia social e dramas ambientais, mas que gera também suficientes recursos no topo da pirâmide social para travar as mudanças institucionais necessárias
O problema da democracia brasileira não é a falsa oposição entre liberalismo de esquerda e liberalismo de direita. A questão fundamental, tanto para a democracia, como para a economia é voltar a discutir um projeto nacional de desenvolvimento que recoloque novamente questões fundamentais em pauta, para além da obra ficcional da imprensa brasileira
Nos primeiros cem dias de seu governo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se libertou de vez da imagem que a oposição tentou colar em sua persona política, condensada na alcunha “Sleepy Joe” (“Joe Dorminhoco”). Da mesma forma, ele se demonstra tudo, menos moderado. Com determinação, ousadia e muita vontade política, em idade o mais velho presidente dos Estados Unidos pretende liderar um processo de rejuvenescimento do capitalismo norte-americano. Embora vários elementos já estivessem em pauta, como os megainvestimentos públicos em infraestrutura, a novidade é que agora são integrados a uma visão mais ampla que abarca não só a economia, mas também a esfera social e a retomada do papel de liderança global dos Estados Unidos. Confira no novo artigo do Observatório da Economia Contemporânea
O endividamento público é o mal da nossa economia ao consumir em torno de 45% do orçamento e obrigar o Estado a “apertar” os gastos em outras áreas para fazer frente aos compromissos financeiros?
As eleições nos custam R$ 2 bilhões, é até pouca coisa. Mas a manipulação permitida nos custa centenas de bilhões por meio dos mecanismos que se tornaram legais ou de difícil controle judiciário. A deformação do sistema tributário desonera os muito ricos e fragiliza o setor público, reproduzindo a desigualdadeLadislau Dowbor
Foram necessárias décadas para consolidar o Estado grego e unificar o território. Em alguns meses, a crise minou os fundamentos do primeiro e as privatizações do patrimônio público fragmentaram a geografia do segundoGatien Elie, Allan Popelard e Paul Vannier
Sempre que verdadeiras, as crises representam uma oportunidade. Não são em si algo desejável, muito menos um ponto de chegada. Elas traduzem o amadurecimento de uma realidade que interpela a sociedade inteira a disputar o futuroCamila Vallejo Dowling
De tema frustrante ou inatingível, a questão da dívida pública tornou-se “desejável” para aqueles que começaram a dominar o assunto, como ocorreu no caso da reforma da previdência em 2010 ou do projeto do Tratado Constitucional Europeu (TCE), em 2005Jean Gadrey
Impotente diante do desemprego e da escalada da dívida pública, Obama chega enfraquecido ao final de seu mandato. Conservadores, bem posicionados para vencer as eleições em 2012, lutam para encontrar um candidato confiável. Mas já estão conseguindo fazer o povo se esquecer do desastre ideológico que a crise significouThomas Frank
Ávidos por valores humanistas, os bancos se apresentam sem hesitação como os líderes da sociedade ideal. Mas seus esforços tendem às vezes a caminhar em direções diametralmente opostas como, por exemplo, ao ajudar os déspotas a pilhar seus países
Autoridades brasileiras parecem admitir que a recepção de um megaevento esportivo autoriza também megaviolações de direitos, megaendividamento público e megairregularidades. É preciso questionar a legitimidade dessa relação de vassalagem política, que endossa negócios privados que geram considerável ônus públicoLeandro Franklin Gorsdorf|Thiago A. P. Hoshino