Uma amostra no debate presidencial do segundo turno
A preocupação com a paridade de gênero foi legitimamente contemplada, ratificando o quanto essa pauta avançou ao longo dos anos fruto de intensa pressão das mulheres. Mas e a paridade de raça?
A preocupação com a paridade de gênero foi legitimamente contemplada, ratificando o quanto essa pauta avançou ao longo dos anos fruto de intensa pressão das mulheres. Mas e a paridade de raça?
Desde a redemocratização, Lula e PT defendem um Estado garantidor de direitos como saúde, educação e moradia, indutor do desenvolvimento, protetor do trabalho e do salário em oposição à agenda neoliberal nos anos 1990. Por sua vez, a partir de 1994, o PSDB se converte em condutor local da agenda neoliberal globalizada.
Numa democracia, opositores políticos devem ser vistos apenas como adversários, detentores de cidadania. Por isso, a instigação popularesca que apela emocionalmente para nomeação de um inimigo público é preocupante
Os resultados do primeiro turno das eleições, para desânimo de muitos do progressismo, evidenciaram o que agora parece tão óbvio: o bolsonarismo pode e deverá continuar após Bolsonaro. E isso é possível justamente porque o bolsonarismo é a versão atual – neoliberal e necropolítica – do “fascismo eterno” brasileiro, mácula constitutiva de nossa sociedade
Superior ao que previam os institutos de pesquisa, o desempenho de Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições surpreendeu. Para entender o que aconteceu no dia 2 de outubro, analisar o desempenho das principais campanhas e projetar o segundo turno, conversamos com a professora titular de Ciência Política da Unicamp Rachel Meneguello
O PT sofre novamente com a abstenção eleitoral e ainda carrega o desafio de unir o Brasil em torno de um projeto democrático e popular. Há anos, os institutos de pesquisa têm sofrido com a pressão decorrente de divergências entre seus números e os resultados eleitorais. Bolsonaro se vale da estratégia de desacreditar tudo aquilo de que ele não gosta, e a grande imprensa tem prestado um serviço tecnicamente muito questionável.
O Brasil que sai das urnas confirma nossa hipótese: a polarização eleitoral, política e social se manifestou nas urnas e seguirá pautando a política brasileira
Agora se estabelece, neste segundo turno, uma disputa entre essa extrema direita e uma grande coalizão democrática que luta para assegurar um governo que respeite direitos, cuide das famílias por meio das políticas públicas e erradique a fome e a miséria.
Estratégias gerais que funcionaram na Colômbia são apresentadas neste artigo como recomendações sobre o que precisa ser feito para as próximas eleições brasileiras
A afinidade entre evangélicos e a direita conservadora não é nova, e precisa ser entendida a fundo por todos aqueles que pretendem dialogar com esse público
Se Lula teve agora seu melhor desempenho nas urnas, Bolsonaro avançou, igualmente, e obteve 1,7 milhão de votos a mais, se comparado ao primeiro turno das eleições em 2018, indicação clara da consolidação do bolsonarismo
Embora a retomada do termo para ilustrar uma oscilação de preferências políticas na região não seja necessariamente um problema, é importante ter em mente as diferenças entre os dois períodos históricos e ter clareza de que o contexto é mais desafiador atualmente