Chile, o oásis seco
Nenhuma outra nação latino-americana foi dotada de uma bússola tão fielmente alinhada com o bem-estar de uma minoria em detrimento do resto da população
Nenhuma outra nação latino-americana foi dotada de uma bússola tão fielmente alinhada com o bem-estar de uma minoria em detrimento do resto da população
De acordo com a OCDE, o Chile importa 69% de seu uso interno de combustíveis fósseis, sendo, portanto, consideravelmente vulnerável à volatilidade do preço internacional do petróleo. Buscando atenuar os efeitos das variações dos preços ao consumidor final, o país acumula desde 1990 uma série de experiências com algum sucesso
Camilo Catrillanca tinha 24 anos, uma filha e uma esposa grávida quando foi executado. Era portavoz da comunidade de Temucuicui e sua curta biografia apresenta precocidade e coerência na defesa da autonomia do território.
Tanta e tamanha obsessão do Estado chileno por este povo deve-se ao fato dos Mapuche serem uma barreira material e espiritual para a integração otimizada dessa região à cadeia produtiva da pasta de celulose. As recuperações territoriais que vêm acontecendo a partir da década de 1990 apontam para uma prática econômica que não pode ser integrada à dinâmica do capital
O primeiro turno das eleições chilenas transmite sinais contraditórios sobre os ventos de ruptura ou continuidade do legado pinochetista. O surgimento de uma terceira força política no Congresso, a Frente Ampla (FA), pode representar uma nova janela de acesso dos movimentos sociais ao poder. Ao mesmo tempo, o próximo presidente será escolhido entre duas opções tradicionais: a direita com Sebastián Piñera e a centro-esquerda com Alejandro Guillier
Derrota acachapante na Venezuela, virada à direita na Argentina, crise econômica e política no Brasil, manifestações de rua no Equador: a esquerda latino-americana entrou em pane. As maquinações de Washington não bastam para explicar tal esgotamento.Renaud Lambert
Para a esquerda, a luta não termina após a vitória nas urnas. A chegada ao poder inaugura novas batalhas pois as forças conservadoras não se desarmam, elas resistem, conspiram, corrompem. Tanto que a onda vermelha iniciada em 1998 começa a ser revertidaÁlvaro Garcia Linera
“Quando os Estados Unidos espirram, a América Latina fica resfriada”, costumava-se dizer. Os miasmas já não descem do Norte: eles cruzam o Pacífico. Mas a ameaça continua. Na década de 1950, Raúl Prebisch analisou os perigos dessa dependência em relação aos sobressaltos de economias estrangeiras: Reino Unido, Estados URenaud Lambert
Respeitando uma promessa eleitoral da presidenta Michelle Bachelet, o Chile se prepara para descriminalizar o aborto em caso de risco de vida para a mãe, má-formação do bebê ou estupro. Contudo, se por um lado contempla as situações mais dramáticas, por outro a lei mantém na clandestinidade de milhares de mulheresJulia Pascual e Leila Miñano
Nas próximas semanas, o Tribunal de Haia vai decidir sobre um contencioso de mais de um século. Derrotada na Guerra do Pacífico, a Bolívia perdeu seu acesso ao mar para o Chile. Atualmente, o lado econômico, ligado à criação de um corredor que facilitaria as relações comerciais de todo o continente com a ÁsiaCédric Gouverneur
O critério para avaliar o padrão escolar de um país ou região é necessariamente comparativo: como é o presente em relação ao passado e como é sua situação em relação aos demais países ou regiões. Com essa perspectiva, vamos ver como está a América do SulOtaviano Helene
A Colômbia elege no fim de maio um novo mandatário. Um candidato próximo ao ex-presidente Álvaro Uribe enfrentará o atual chefe de Estado, Juan Manuel Santos. A ruptura entre os dois, antigos aliados, reflete uma outra, maior, no seio da direita latino-americana que tateia para tentar reverter o domínio regionalGrace Livingstone