A decadência da poesia
A poesia não se vende e, portanto, não tem mais importância. É claro que esse gênero literário não é o único que perdeu “fatias de mercado” na cena cultural atual
A poesia não se vende e, portanto, não tem mais importância. É claro que esse gênero literário não é o único que perdeu “fatias de mercado” na cena cultural atual
Em tempos de Google, os livros eletrônicos se somam ao processo de digitalização de “todos os saberes da humanidade”. Acervos inteiros de bibliotecas já podem ser lidos pelo computador, em detrimento das versões impressas, que permanecem um bastião da resistência ao imediatismo do fluxo incessante de informações
Descrever a vida com extremo realismo pode ser perigoso. Grégoire Bouillier que o diga: sua primeira obra, um relato pessoal de 40 anos de vida, quase lhe rendeu um processo dos próprios pais. O escritor, que esteve no Brasil para lançar seu segundo livro, O convidado surpresa, concedeu-nos uma entrevista exclusiva
Basta ler a obra do escritor tcheco para perceber que ela não é indiferente ao contexto histórico em que se desenvolvem as narrativas. Seu foco, porém, é outro: para Kundera, o romance não tem uma função inicial de politizar, mas de desestabilizar nossos pensamentos e representações admitidas
Nas duas últimas décadas surgiram novidades no mercado editorial brasileiro: jovens da periferia começam a mudar o setor, engrossam o número de leitores no país, produzem literatura de qualidade, criam novos selos, multiplicam ações independentes e elevam a autoestima das camadas mais carentes da população
A russa Ayn Rand conquistou, nos EUA, admiradores entusiastas, como Ronald Reagan e Angelina Jolie. Sua literatura, que exalta o indivíduo e o livre mercado, tornou-se uma arma de combate da cruzada da extrema direita contra o multiculturalismo, as políticas ambientais e o Estado
É sempre rico revisitar a obra de Cortázar. Mestre de uma escrita revolucionária e uma imaginação sem limites, e militante das causas libertárias, ele continua a revelar, 24 anos após sua morte, o mais íntimo da condição humana, com sua literatura esférica, complexa e crítica
Em seu novo livro, Espejos, Eduardo Galeano descreve alguns momentos fundadores da saga da humanidade. E nos adverte de que o faz “do ponto de vista dos que não saíram na foto”.
Os slogans oficiais, o nacionalismo e o realismo socialista já não convencem a nova geração. Uma literatura marginal, provocadora e transgressiva se difunde em textos fotocopiados ou por meio da internet. E fala de corrupção, sexo, drogas e da busca de sentido para a existência
Em seu espaçoso apartamento carioca, no gabinete de onde avistava a praia do Diabo, o escritor produziu sua obra maior, Grande Sertão: Veredas. Ele encontrara no Rio de Janeiro o seu sertão particular. E lá viveu, mineiramente, até a consumação
Segundo Jacques-Stephen Alexis, outro grande escritor haitiano, este livro “pode ser único na literatura mundial, porque é, sem reservas, o livro do amor”.
Cada vez mais conhecidos no Ocidente, os escritores da Índia contemporânea fazem parte de uma tradição literária milenar, pautada pela crítica social, o erotismo e a transgressão