A tentação do pior
Obama já aceitou um plano de redução do déficit orçamentário cortando gastos sociais sem aumentar o nível – estranhamente baixo – dos impostosSerge Halimi
Obama já aceitou um plano de redução do déficit orçamentário cortando gastos sociais sem aumentar o nível – estranhamente baixo – dos impostosSerge Halimi
A vinda de Obama ao Brasil coloca muitas interrogacoes. O que mobiliza o presidente dos EUA? A evolucao surpreendente da crise do Oriente Medio pode dificultar o acesso ao norte-americano ao petroleo da rgiao, numa situacao como essa, o pre-sal brasileiro entra na agenda estadunidense e ganha maior importanciaSilvio Caccia Bava
Barack Obama assumiu o poder, em 2008, com o intuito de mudar as políticas econômicas e sociais, e sua eleição foi recebida com grandes manifestações públicas de alegria. Agora, depois que seu partido levou uma surra nas eleições para o Congresso, é possível concluir que Obama desperdiçou um momento históricoEric Klinenberg e Jeff Manza
Este ano, falou-se muito que uma ou outra campanha contratou “o marketeiro do Obama”. Pelo jeito, os políticos brasileiros chamaram a equipe inteira, do diretor ao estagiário, mas não adiantou. Se o upgrade da democracia brasileira para a versão 2.0 deu “pau”, não foi por falta de dinheiro gasto com marketing digitalDenis Russo Burgierman
Depois de um ano de batalhas no Congresso e com a indústria das seguradoras, Barack Obama promulga lei que estende a cobertura médica para um sexto da população. Ainda assim, esse continua sendo o sistema de saúde mais caro do mundo e a lei do mercado segue regendo o acesso aos atendimentos
A proposta dos Estados Unidos de reduzir o número de ogivas nucleares estratégicas – de 2.200 para 1.500 – desapontou os partidários do desarmamento. A Rússia declarou que estava pronta para baixar para mil a quantidade destas armas com o fim de reduzir seu orçamento dedicado à defesa
Apesar de sua disposição, o presidente Obama não conseguirá alterar fundamentalmente o sistema de saúde americano, que continuará lamentável
Os interesses estratégicos americanos permanecem muito difíceis de equacionar para todo e qualquer presidente, sempre obrigado a assumir o papel de líder do império. Contudo, o começo do governo de Barack Obama sugere que ele ainda não se esqueceu do seu passado progressista nos bairros pobres de Chicago
Com a decisão de manter no Pentágono o atual secretário de Defesa, Robert Gates, o presidente eleito dos Estados Unidos abriu mão do controle efetivo sobre a situação no Iraque. Seu plano inicial de retirar as tropas em até 16 meses parece apenas uma promessa distante
Assim como os Estados Unidos sobreviveram à desventura no Vietnã e dela emergiram fortalecidos, eles estão aptos a superar o fiasco no Iraque. Embora momentaneamente desconcertado, o império americano continuará seu caminho, sob direção bipartidária e a pressão das mega corporações
O que está em discussão – e constitui o motivo de nossa matéria de capa – não é a sinceridade do homem, porém o fato de ele poder ser o catalisador de pensamentos e sentimentos que pareciam congelados desde 11 de setembro de 2001.