Vidas atravessadas pela prisão: o que sobra delas?
O rompimento com a sua “atribuição” social e todas as penalidades que o acompanham atingem o seu auge no cárcere, onde são impostas às mulheres condições torturantes
O rompimento com a sua “atribuição” social e todas as penalidades que o acompanham atingem o seu auge no cárcere, onde são impostas às mulheres condições torturantes
A garantia dos direitos de um são as garantias dos direitos de todos
A questão é enfrentar as agruras e cumprir meu dever, colhendo o clamor dos presos, trazendo-o no peito, para libertá-lo em todas as oportunidades que eu tiver
Menos prisões e presos – esse poderia ser o efeito do uso cada vez maior da vigilância eletrônica de condenados para evitar o encarceramento convencional ou impedir a reincidência. Contudo, a verdade é que esses modos de privação de liberdade por meio da tecnologia têm pouco efeito sobre o aumento da população carcerária. E, para que sejam eficazes, a prisão, a real, precisa continuar sendo uma ameaça concreta
O objetivo da execução da pena é efetivar as disposições de sentença ou decisão e proporcionar condições para, quando do retorno à liberdade, o apenado assim o faça harmonicamente, integrado na sociedade
Aquela afirmação, “transformaram todos nós, familiares, em bandidos, o pobre não é mais digno pra nada!”, me desassossegou
Desde meados de 2022, o próprio Bolsonaro ventila a possibilidade de ser preso caso não seja mais presidente. O Le Monde Diplomatique Brasil conversa com o advogado e cientista político, Antonio Carlos Souza de Carvalho, para entender os possíveis quadros após domingo, dia 30 de outubro.
Na tarde de 02 de outubro de 1992, por volta das 14h, uma briga entre dois detentos do Pavilhão 9 resultou em uma rebelião. A polícia militar foi chamada para conter o conflito. Após tentativas frustradas de negociação com os presos, o desfecho da ação policial, que ficou conhecido como o Massacre do Carandiru, foi a morte de 111 detentos.
Desde 1998, a Amparar trabalha com o acolhimento e o fortalecimento de pessoas afetadas pelo sistema de justiça criminal. Abaixo, compartilhamos algumas de suas vozes no esforço de pensar o cuidado, a saúde e o desencarceramento como parte de um projeto comum de luta e valorização da vida.
Uma política de saúde eficaz aponta para a derrubada dos muros, dos limites, para o desmanche das grades que se apresentam como determinantes no processo de saúde-adoecimento-morte das pessoas, seus familiares e comunidades. O desencarceramento se apresenta como uma política pública de saúde, um primeiro passo para uma prática abolicionista.
Analisar as mortes ocorridas dentro do sistema prisional indica, contraditoriamente, muito mais, como se (sobre)vive em uma prisão no Rio de Janeiro.
Quando se descobre como é a realidade do sistema prisional, como ele funciona, é o início de um processo de adoecimento, principalmente para a mãe de quem está no cárcere.