Os evangélicos vão dominar o Brasil
É sabido que a potência do púlpito ajudou a eleger Bolsonaro. E também é sabido como isso fortaleceu pautas pouco laicas no Congresso nesses quatro anos de miséria na mesa, no bolso e na imaginação
É sabido que a potência do púlpito ajudou a eleger Bolsonaro. E também é sabido como isso fortaleceu pautas pouco laicas no Congresso nesses quatro anos de miséria na mesa, no bolso e na imaginação
Qualquer pretensão presidencial na Nigéria está obrigada a conciliar favores de igrejas tão ricas quanto influentes, inclusive os candidatos muçulmanos…
Bastante conectados aos conservadores norte-americanos e defensores de um anticomunismo feroz, os evangélicos sul-coreanos foram desorientados pelo encontro, em junho de 2019, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com seu colega norte-coreano, Kim Jong-un
Desde o início dos anos 1980, o evangelismo mobiliza multidões de fiéis reunidos por uma mesma visão ultraconservadora do mundo. Capazes de articular alianças transfronteiriças como entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, os pastores dessa corrente vituperam contra o aborto e o casamento homossexual, em nome de uma leitura literal da Bíblia. Eles não se esquecem, contudo, de garantir a si mesmos rendas bastante confortáveis. Há muito tempo ausentes da arena política, os evangélicos investem cada vez mais no espaço público, a ponto de influenciar eleições na Nigéria e em todo o mundo
Em 5 de junho, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior (PSDB), apresentou edital prevendo a concessão da administração do Mercado Público, por 25 anos, à iniciativa privada. A medida ameaça um espaço sagrado de religiões afro-brasileiras, um território repleto de histórias, de relações surpreendentes entre paredes e caminhos, mercadorias, divindades e seres humanos
As igrejas neopentecostais, cujo maior expoente é a Iurd, tornaram-se uma espécie de “curral eleitoral”, por um lado, e centros irradiadores de propaganda eleitoral, por outro, aos que a representam e aos que oferecerão, se eleitos, vantagens e ampliação do seu poderio.
Enquanto a teologia da prosperidade tem sido o grande motor narrativo do neopentecostalismo, encontrando ainda resistência nas igrejas históricas, o fundamentalismo é, em maior ou menor grau, arraigado na quase totalidade das igrejas evangélicas brasileiras
Na França, as guerras de religião nem sempre foram metafóricas.
A cultura do estupro é, em termos gerais, a banalização e normalização desse crime pela sociedade que compactua e estimula essa cultura de diversas maneiras, por exemplo, quando objetifica as mulheres nos meios de comunicação
Na aurora do dia 5 de junho de 1967, o Exército israelense destruiu no solo a aviação militar egípcia. Em seis dias, conquistou o Sinai, a parte síria das Colinas de Golã e a porção histórica da Palestina que lhe havia escapado em 1948: Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza. A ocupação continua, mas a estratégia de erradicação da aspiração nacional palestina choca-se com uma resistência enraizada em uma longa história
O alto risco que se impõe diariamente sobre a vida das jovens mulheres negras aparece como uma condição que tem rebatimentos negativos diretos sobre a democracia brasileira, já que tal situação deve ser entendida como resultado histórico de condutas coletivas socialmente perversas.
Se nós, católicos, pretendemos atrair os pobres aos nossos templos e comunidades, só nos resta um caminho: evitar qualquer combate às Igrejas evangélicas, como estigmatizá-las com a pecha de “seitas”; dialogar ecumenicamente com seus fiéis e pastores; recriar espaço pastorais onde os pobres se sintam em casa como anteFrei Betto