Uruguai: silêncios e ausências de um governo desvalorizado
Neste breve texto, destacaremos alguns dos eventos recentes na área de memória, verdade e justiça no Uruguai, sintonizados com o pulso da disputa atual
Neste breve texto, destacaremos alguns dos eventos recentes na área de memória, verdade e justiça no Uruguai, sintonizados com o pulso da disputa atual
A chegada do coronel no exílio, de Yuri Machado (InVerso) e Tecnologia do oprimido: desigualdade e o mundano digital nas favelas do Brasil, de David Nemer (Milfontes)
Fotojornalista responsável por algumas das fotos mais notórias da ditadura militar brasileira ganha exposição dedicada ao seu trabalho durante as primeiras semanas de barbárie no Chile
Na adolescência, Ivan conviveu com Carlos Lamarca. Preso ainda menor de idade pelo governo militar, tornou-se ativista pelos direitos humanos após sua liberdade. Responsável pela criação de memoriais da ditadura, ele presencia agora, quatro décadas após o fim do Dops e do DOI-Codi, a discussão sobre anistia e a condenação de torturadores
Não surpreende que algumas das hipóteses que explicam a rebelião que se espalhou pelo Chile em 2019 se baseassem na suposta participação de agentes estrangeiros, principalmente chavistas venezuelanos e colombianos, coordenados por cubanos
Para a ordem estabelecida, que no Brasil hoje é uma espécie de Democracia, é melhor massacrar do que instrumentalizar a favela. Custa menos matar do que reestruturar a sociedade para erradicar a miséria, a pobreza, o racismo e a exploração
Como acontece com Julian Assange na atualidade, Augusto Pinochet também foi colocado em prisão extrajudicial britânica. No entanto, ao contrário do jornalista australiano, o ex-ditador chileno não era acusado de ter obtido e publicado provas de tortura, de assassinato e de corrupção, mas de ter efetivamente cometido, ordenado e consentido tais crimes
Mesmo a opção menos pessimista traz o quadro de um Exército fortemente politizado. Cabe então perguntar: qual é o plano do presidente?
Muitos cidadãos latino-americanos irão às urnas este ano. Eles votarão para eleger presidentes, como no Peru e no Chile, ou para renovar parlamentos, como no México e na Argentina. Após os progressos dos anos 2000, entretanto, alguns países passam por um preocupante retrocesso democrático. Estariam as populações do subcontinente condenadas aos desvios autoritários?
Com medo de perder seus privilégios, os militares de Myanmar tiraram do poder e prenderam os dirigentes eleitos. Aung San Suu Kyi está sendo processada pela “importação ilegal de walkie-talkies” e por “desrespeito à lei sobre desastres naturais”. Três semanas após o golpe e apesar da repressão, a população continua a se manifestar em todo o país
Em outubro de 2019, depois de uma semana de recrudescimento dos protestos e da morte de dezoito pessoas, o governo chileno suspendeu o toque de recolher, mas a extensão das reivindicações já deixava claro o que grande parte da população desejava: o fim da Constituição autoritária e neoliberal de Pinochet
Das 39 denúncias propostas pelo MPF desde 2012, só duas seguem em trâmite; maioria se encontra barrada por decisão do STF sobre a Lei de Anistia