Guia básico para pensar a política externa brasileira
Auxiliar no processo de superação da condição estrutural de dependência pode ser considerada como a principal função da diplomacia brasileira
Auxiliar no processo de superação da condição estrutural de dependência pode ser considerada como a principal função da diplomacia brasileira
A descoberta do pré-sal redesenhou o Brasil na geopolítica mundial do petróleo que, sob o resguardo da legislação de 2010, potencializava a atuação da política externa brasileira, voltada, desde 2003, a uma inserção mais autônoma, com base no multilateralismo e no eixo sul-sul. Combinado a isso, em 2014, a VI Cúpula dos BRICS ocorreu em Fortaleza, onde se anunciou tanto a assinatura do acordo constitutivo do Novo Banco de Desenvolvimento quanto a assinatura do tratado para o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas.
Se o atual governo levar à frente seu projeto de autotransformação num Dominium, irá destruir quase tudo que foi feito nos últimos 90 anos da história da industrialização brasileira e deverá se transformar numa “periferia de luxo” das grandes potências, garantindo-lhes o fornecimento de alimentos, de minerais estratégicos e de petróleo, além de suas reservas biológicas da Amazônia
Os países da América do Sul voltaram à condição de economias subordinadas aos interesses norte-americanos.
Pela primeira vez desde o Império a mais poderosa e organizada carreira burocrática do Estado brasileiro, a diplomacia, será chancelada por uma doutrina teocrática das Relações Exteriores. Confira mais um artigo do Observatório da Economia Contemporânea
Para além da análise técnica, o movimento do governo brasileiro em solicitar adesão à OCDE não pode deixar de levar em consideração as consequências para a agenda da política externa brasileira que essa adesão pode causar
Há um ano a ascensão de Donald Trump ao poder modificava a posição dos Estados Unidos em variados assuntos: acordos comerciais, clima, confronto com a Coreia do Norte e com o Irã, alinhamento incondicional a Israel. Porém, a ruptura comporta diversos elementos de continuidade em relação às escolas históricas da diplomacia norte-americana
A adoção do Livro Branco do Ministério das Relações Exteriores representa um avanço enorme ao condensar de maneira clara e pública as diretrizes, estratégias e prioridades da atuação internacional. Porém, a iniciativa não se deve a uma geração espontânea, gestada dentro do Itamaraty. Ela responde a pressão da sociedadeCamila Asano e Laura Waisbich
Cruzamento inédito de dados mostra que o país já fornece mais do que recebe em ajuda internacional entre governos e agências multilaterais. Conforme se expande a cooperação brasileira, cresce também o seu poder econômico e político no mundo.Amanda Rossi
Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência da República para assuntos internacionais, recebeu com exclusividade o Le Monde Diplomatique Brasil no Palácio do Planalto. Entre os temas tratados na entrevista, o Mercosul, a integração regional, a crise econômica e o modelo de desenvolvimentoSilvio Caccia Bava|Dario Pignotti