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Os limites do modelo policial brasileiro contemporâneo
As agências de segurança têm primado pelo controle violento da criminalidade, pela discriminação de determinados grupos sociais e pela virtual ineficácia em controlar os membros de seus próprios quadros. Ao mesmo tempo, essas agências têm se mostrado indulgentes com os crimes e as ilegalidades das elitesLuís Antônio Francisco de Souza
Desmilitarização e reforma do modelo policial
A aprovação da PEC 51 é decisiva para evitar sobretudo a brutalidade policial letal contra os mais vulneráveis e a criminalização da pobreza, processos indissociáveis da intensificação do racismo. A desmilitarização não será suficientes para que se alcancem esses objetivos, mas constituem passos indispensáveisLuiz Eduardo Soares
No Afeganistão, o quebra-cabeça do sistema de saúde
Enquanto as tropas militares norte-americanas se preparam para deixar o país até o fim de 2014, o sistema de saúde afegão encontra-se em um estado mais deplorável do que nunca, com destaque para as dificuldades de acesso aos cuidados médicos de aproximadamente 450 mil deslocados internos pelo conflito armado
Desmilitarizar as polícias: um bom começo
A irracionalidade fardada que ocupou os telejornais e as ruas durante os protestos de junho serviu para recolocar na agenda pública um debate que ainda não foi encarado de forma suficiente pela sociedade. Até quando vamos tolerar ser vigiados, perseguidos, controlados, encarcerados e violentados pelas forças do Estado?Movimento Mães de Maio|DAR – Desentorpecendo a Razão
Amazon, do outro lado do computador
Com empresários celebrizados, telas finas e cores vivas, a economia digital evoca a imaterialidade, a horizontalidade e a criatividade. Porém, uma investigação sobre a gigante do comércio eletrônico Amazon revela o outro lado da moeda: fábricas gigantes em que humanos pilotados por computadores trabalham até a exaustãoJean-Baptiste Mallet
Louisiana, prisioneira de suas prisões
Com 2,3 milhões de presos, os EUA têm a maior taxa de encarceramento do mundo. O setor penitenciário, que emprega mais pessoas que a General Motors, a Ford e o Walmart juntos, representa um desafio econômico relevante, em particular nas zonas rurais, onde os xerifes são encorajados a encher as celas de suas prisõesMaxime Robin
Justiça internacional, do sonho à realidade
Em reunião de cúpula extraordinária, os países da União Africana pediram a suspensão das ações no Tribunal Penal Internacional contra chefes de Estado em exercício. Eles desafiam um dos princípios da corte, ao mesmo tempo que revelam as contradições inerentes da justiça internacionalFrancesca Maria Benvenuto
Agonia silenciosa da República Centro-africana
Deslocados internos: 230 mil; refugiados: 70 mil… Após o golpe de Estado, a República Centro-Africana submerge no caos. Os gritos de alerta lançados pela ONU parecem ter finalmente tirado a “comunidade internacional” de seu torpor. Mas a resolução preparada por Paris para o Conselho de Segurança será suficiente?Vincent Munié
Em Beirute, um estranho “mundo das crianças”
A cidade reconstituída aqui tem como característica não possuir nenhuma instância política: na praça principal encontramos um teatro de colunas, o Burger King, o banco e a delegacia. A um intervalo regular, funcionários do parque aparecem no teatro cantando e dançando, para realizar uma parada à glória do KidzMondoMona Chollet
PEC 37: o que as ruas não perceberam
Graças à pressão das manifestações de junho, o Congresso repeliu uma proposta que favoreceria a impunidade.” Essa história foi alardeada aos quatro ventos. Agora vamos aos fatosRogério B. Arantes

Construindo uma nova arquitetura financeira regional
Os próximos anos podem ser definitivos para o processo de integração regional latino-americana. Passada uma década de governos progressistas, é crucial que se consolidem propostas de transformação. Para isso, a questão do financiamento é centralLuciano Wexell Severo
Desmilitarização: há que se ter vontade política do Estado
O debate sobre a desmilitarização surge no bojo das manifestações que eclodiram em junho. O grau de interesse, mesmo da esquerda, sempre foi mínimo pelas questões relacionadas à polícia. No entanto, permitiu-se à população conhecer a polícia violenta, que direcionava sua letalidade e corrupção apenas às favelasMarcelo Freixo
O vinho, do terroir à marca
Um vinho é sempre a flor e o fruto de um equilíbrio singular e não reprodutível. Os antigos se maravilhavam, a sociedade industrial fica em pânicoSébastien Lapague
Lampedusa
O Ocidente se valeu há trinta anos de sua prosperidade e de suas liberdades, como uma arma de ataque ideológico contra os sistemas que combatiaSerge Halimi
O novo caminho de Edi Rock
O novo lugar a ser ocupado pelos Racionais MC’s na cultura brasileira apenas começou a se delinear. Por ora, é evidente que o disco solo de Edi Rock dá continuidade a Jorge Ben Jor e a Tim Maia, e se coloca ao lado de Seu Jorge e Emicida, entre outros. Música negra no mercado hegemônicoWalter Garcia
Um tratado para estabelecer o governo das multinacionais
As discussões sobre um acordo de livre-comércio entre o Canadá e a U.E foram concluídas em 18 de outubro. Um bom presságio para o governo dos EUA, que espera firmar uma parceria desse tipo com a Europa. Negociado em segredo, permitiria às multinacionais processar qualquer Estado que não siga as normas do liberalismoLori Wallach
Fim de semana no parque: vinte anos
Algumas obras artísticas mudam a história. Este artigo se propõe a discutir um desses casos. A obra em questão é o rap “Fim de semana no parque”, lançado em 1993 pelo grupo Racionais MC s. A obra foi um divisor de águas na forma de pensar um fenômeno social chamado periferiaTiarajú D’Andrea
A Venezuela se afoga em seu petróleo
Caracas pagou uma parte das importações de alimentos com títulos do Tesouro, sugerindo que faltam divisas ao país. É possível que o governo tenha cometido erros de direção, mas a Venezuela, que possui as maiores reservas de petróleo, sofre por causa de sua riqueza: uma renda que sai do país sem irrigar a economiaGregory Wilpert
Fazer compras em Caracas
Enquanto as penúrias sociais afetam mais, em geral, aqueles que têm menos, na Venezuela parece ser o contrário. Aqui, quanto mais elevada a posição na hierarquia social e mais prateleiras de supermercado se frequenta, menos acesso se tem a produtos de primeira necessidadeAnne Vigna