Julho 2012
Edição 60

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ALIANÇA BOLIVIARIANA PARA AS AMÉRICAS
Um novo modelo de integração para os novos tempos
Por meio da criação de organismos multilaterais, países da América Latina e do Caribe querem construir outros modelos de desenvolvimento e integração. Aposta-se em um processo de mudanças que abalem as velhas estruturas do colonialismo e construam um modelo em que a integração e a colaboração sejam pré-requisitosMaximilién Arvelaiz

A CRISE VISTA DE BERLIM
Alemães com medo do espantalho grego
A vitória dos conservadores nas eleições gregas foi saudada por uma insólita coalizão: de Washington a Pequim e de Paris a Berlim, chefes de Estado parabenizaram o povo que decidiu manter os pagamentos ao sistema financeiro. Intransigentes, líderes alemães se apoiam no sentimento de que gregos abusam da solidariedadeOlivier Cyran

A FAXINA ÉTNICA
Preconceito racial e racismo institucional no Brasil
No Brasil, os negros sofrem não só a discriminação racial devida ao preconceito racial e operada no plano privado, mas também e sobretudo o racismo institucional, que inspira as políticas estatais que lhes são dirigidas e se materializa nelas

ALIANÇA BOLIVIARIANA PARA AS AMÉRICAS
Integração popular continental: a hora é agora!
Em 2007, os governos integrantes da Alba sugeriram a criação de um Conselho de Movimentos Sociais como parte da estrutura da iniciativa. A partir de então, a Articulação Continental dos Movimentos Sociais pela Alba trabalha por uma integração solidária e anti-imperialista entre os povos do continente americanoJoaquin Piñero

UNIÃO EUROPÉIA
Federalismo à força
Ao escutar os federalistas, parece que as instâncias europeias carecem de poder, enquanto os Estados disporiam de meios ilimitadosSerge Halimi

A PERDA DOS PRIVILÉGIOS
O Egito entre a revolução e a contrarrevolução
Por que o Conselho Superior das Forças Armadas (CSFA) aceitou a vitória de um dirigente da Irmandade Muçulmana? Porque o Egito mudou profundamente e porque um retorno à antiga ordem não é mais possível.Alain Gresh

NORUEGA
O festival dos infernos
O intrépido Hellfest, “festival de música metal extrema”, criado em 2006 em Clisson, na França, é um grande ajuntamento no qual, durante três dias, se apresentam grupos que propõem o essencial do metal em toda sua diversidadeEvelyne Pieiller

NORUEGA
A direita e os imigrantes
O julgamento de Anders Behring Breivik, acusado de matar 73 pessoas por razões políticas, terminou em 22 de junho. Como a Noruega, país rico e famoso pela tranquilidade, foi cenário de tal violência? A militância de extrema direita de Breivik, contudo, reflete uma visão de mundo predominante na EuropaRémi Nilsen

EM BUSCA DE UMA NOVA LITURGIA
Cuba, o partido e a fé
Destinado a “atualizar o socialismo”, o processo de reformas levado a cabo pelo presidente cubano Raúl Castro o conduziu a escolher um interlocutor completamente inesperado: a Igreja CatólicaJanette Habel

Justiça de Exceção
O véu carcerário que aprisiona a Palestina
Depois de uma greve de fome, prisioneiros políticos palestinos obtiveram um acordo que estipula o fim do isolamento, a limitação das detenções administrativas e direitos de visita às famílias. Porém, O sistema carceráro israelense permanece um instrumento essencial de controle dos territórios ocupados e da populaçãoStéphanie Latte Abdallah

GUERRA CONTRRA AS DROGAS
No méxico, o Estado recua diante dos cartéis
A campanha presidencial mexicana – marcada por um inédito movimento estudantil que denuncia o apoio de grandes grupos privados da mídia ao candidato do PRI, Enrique Peña Nieto – confirma a preocupação central da população: sobreviver à violência cotidiana desencadeada pelo tráfico de drogasJean François Boyer

A VIDA LONGE DE TEERÃ
Em Gorgan, um mergulho no Irã
As negociações sobre a questão nuclear entre o Irã e o grupo dos 5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) não foram bem-sucedidas. Novas sanções, decididas pela União Europeia e pelos EUA, foram impostas. Longe dessa agitação, os habitantes de Gorgan têm outras preocupações…Shervin Ahmadi

INQUÉRITO NA OCDE
Os cinquenta anos do “Paraíso das potências”
Promotores incansáveis da globalização (e de seu tripé privatização, desregulamentação e liberalização), os especialistas da OCDE parecem ter esquecido o passado keynesiano de sua instituição. Os muros do Château de la Muette, que há cinquenta anos os abriga, encobrem uma história subvalorizada e surpreendenteVincent Gayon

PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Na pátria da democracia “pós-participativa”
Professor do Departamento de Ciência Política da USP, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e do Centro de Estudos da Metrópole (CEM), Adrian Gurza Lavalle afirma, nesta entrevista,1 que a quantidade e pluralidade de instituições participativas fazem do Brasil um caso único no mundo.Flavio Lobo

POBRES MERCENÁRIOS
Soldados africanos para guerras norte-americanas
Assim que se engajaram na “guerra ao terror” e passaram a enviar um número crescente de soldados ao exterior, os EUA depararam com um problema: encontrar combatentes. Como seus cidadãos não se entusiasmaram com a ideia de morrer pela pátria, apelou-se para companhias privadas, que recrutam mão de obra “descartável”Alain Vicky

RIO +20
Os desafios da “razão ambiental”
A Rio+20 demonstrou os limites de deixar a questão ambiental ao sabor do mercado e a debilidade do consenso aparente sobre o caráter emergencial dos problemas socioambientais. A retórica verde foi banalizada pelo mercado e pelos governos. É necessário elaborar uma crítica da “razão ambientalista” e repolitizar o tema.Pedro Cláudio Cunca Bocayuva

LE MONDE
“A bela aventura de um jornal de jornalistas”
Produzir um jornal independente das pressões políticas e financeiras: essa perspectiva que animou tantas batalhas intelectuais e jornalísticas permanece atual. O testemunho do ex-diretor do Le Monde sobre o incessante beliscar da autonomia editorial indica a aspereza da luta a ser travadaSerge Halimi

BEM-VINDO AO FAB LAB
Amanhã, fábricas em nossas salas
Os reparadores de eletrônicos praticamente desapareceram; em caso de pane, frequentemente não nos oferecem outra opção além de comprar um novo aparelho. Isso é o progresso? Recusando a posição de consumidores passivos, o movimento dos “fab labs” pretende, como o do software livre, devolver o poder aos usuáriosSabine Blanc