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Na Coreia do Norte, a economia na frente da política
Frequentemente, os dirigentes da República Democrática Popular da Coreia se desdobram para se parecer com suas próprias caricaturas, como nos recentes expurgos realizados no Partido dos Trabalhadores e no teste nuclear do ano passado. Porém, por trás dessas ações espetaculares desenha-se uma nova paisagem econômicaPatrick Maurus
Os apaches de Istambul
O movimento em torno do Parque Gezi, em Istambul, na primavera turca do ano passado, fez emergir as múltiplas facetas de uma sociedade empolgada com a contestação. Uma delas são os “apaches”, jovens da periferia que povoam as histórias de uma nova geração de escritoresTimour Muhidine
Civis esmagados pelo conflito sudanês
Uma feroz guerra civil eclodiu no fim de 2013 no Sudão do Sul. Opondo partidários do presidente Salva Kiir aos do ex-vice-presidente Riek Machar, ela ameaça a estabilidade regional. Enquanto isso, do outro lado da fronteira, o Exército sudanês, lutando com grupos rebeldes, provoca deslocamentos maciços da populaçãoJean-Baptiste Gallopin
No Japão, audácia falsa, nacionalismo verdadeiro
Quando anunciou a Abenomics, imprimindo dinheiro para estimular a economia vacilante, o primeiro-ministro foi saudado por todos. Finalmente um governo ousava desafiar a ortodoxia da austeridade. Mas a questão do destino dos recursos, negligenciada, ressurgiu. Os gastos militares vão crescer 5%. Tal como a economia…Makoto Katsumata
Iraque e Síria, os mesmos combates
Como explicar a violência que assola o Iraque? Desde o fim da guerra das milícias, entre 2006 e 2008, e a saída dos norte-americanos, ela não chegava ao nível atual. A crise síria alimenta os antagonismos no vizinho; onde o primeiro-ministro aplica uma política confessional. A extensão da batalha desestabiliza a regiãoFeurat Alani
Livro Branco: o Itamaraty está mudado?
A adoção do Livro Branco do Ministério das Relações Exteriores representa um avanço enorme ao condensar de maneira clara e pública as diretrizes, estratégias e prioridades da atuação internacional. Porém, a iniciativa não se deve a uma geração espontânea, gestada dentro do Itamaraty. Ela responde a pressão da sociedadeCamila Asano e Laura Waisbich
Sochi, um elefante branco no Mar Negro?
“O mais rápido, o mais alto, o mais forte.” O lema olímpico aplica-se tanto ao desempenho dos esquiadores quanto ao orçamento dos Jogos de Inverno em Sochi. Para Putin, é uma oportunidade de celebrar a identidade nacional, reafirmar o poder do Estado no Cáucaso e confirmar o retorno da Rússia ao jogo das potênciasGuillaume Pitron
Criar riqueza, não valor
De olho na sua capacidade de recuperação absoluta, os empresários procuram se apropriar dos conhecimentos e expandir os limites de exploração ambiental. Assim, economistas calcularam que os “serviços da natureza” representariam entre US$ 16 tri e US$ 54 tri. Mas, assim, eles confundem valor com riqueza…Jean-Marie Harribey
Protegendo a sabedoria dos povos tradicionais
Grandes agentes na proteção da biodiversidade, os povos indígenas detêm recursos genéticos, mas também saberes tradicionais que interessam às indústrias da “economia verde”. Esses saberes são hoje submetidos a uma lógica de mercado apoiada por escritórios de patentes que incentivam sua colocação em bancosClara Delpas|Pierre-William Johnson
O buraco sem fundo do rolê
O impulso imediato dos jovens que organizaram ou participaram dos rolezinhos foi se apresentar, dizer quem são e para que vieram. Não no intuito de se defender, e sim de dizer que são capazes de contar sua própria históriaLeandro Hoehne

Em movimento para encontrar o equilíbrio
Enquanto é perceptível o retrocesso em relação a alguns temas, surge também a esperança no comportamento de grupos jovens. Para esses que há pouco tempo conquistaram o equilíbrio físico, a busca por ideias harmoniosas parece ser algo natural. Talvez seja por isso que toda nova geração tem o poder de renovar costumesDaniel Ribeiro
O rolezinho da juventude nas ruas do consumo e do protesto
Os “rolezinhos” levaram para dentro do paraíso do consumo a afirmação daquilo que esse mesmo espaço lhes nega: sua identidade periférica. Se quando o jovem vai ao shopping namorar ou consumir com alguns amigos ele deve fingir algo que não é, com os rolezinhos ele afirma aquilo que é!Renato Souza de Almeida
A pesquisa Agenda Juventude Brasil
Agregando estatísticas oficiais já produzidas e indo além delas, a pesquisa Agenda Juventude Brasil explora novas questões, novos cruzamentos de dados, percepções e opiniões dos jovens. É um aporte para entender quem são os sujeitos dessa geração que se forma junto com este novo BrasilSeverine Macedo
Os censores e os celerados
Cerca de dois séculos depois, os revoltados, os párias e os celerados dispõem de dezenas de milhares de seguidores em suas contas no Twitter; o YouTube lhes permite fazer uma reunião em sua sala falando irresponsavelmente deitados em um sofá, diante de uma câmeraSerge Halimi
Protestos de junho ensinaram que a mobilização traz mudanças
Lucas Monteiro, do Movimento Passe Livre, comenta as mobilizações previstas para este ano e analisa os impactos da jornada de junho. Para ele, a esquerda por muitos anos se pautou pela institucionalidade. “[Nosso] objetivo é que a população, por meio da ação direta, tome a política nas mãos e participe mais ativamente”Luís Brasilino
A indústria do fast-food faz seus trabalhadores passar fome
Recentemente, o presidente Obama elegeu a redução da desigualdade como o principal objetivo de seu segundo mandato. Em razão disso, ele deverá aumentar o salário mínimo, cuja estagnação de sete anos conduziu os funcionários de fast-food a lançar um movimento grevista que já atingiu mais de cem cidades norte-americanasThomas Frank
Por que o Uruguai legalizou a maconha
No dia 23 de dezembro de 2013, o presidente uruguaio José Mujica aprovou um projeto de lei para criar um mercado regulamentado e legal da maconha. Com a medida, ele tornou-se o primeiro chefe de Estado a legalizar a produção e a venda – em uma rede de farmácias – de uma droga proibida em toda parteJohann Hari
Rumo ao fim da guerra às drogas
Muito tempo atrás, Washington deu ao mundo sua solução para o fluxo de entorpecentes: a guerra (de preferência realizada em outros territórios que não os seus). Há alguns anos, entretanto, o consenso em torno do combate ao tráfico e o consumo de drogas começam a apresentar algumas fissurasFrançois Polet
A Primavera Árabe ainda não disse sua última palavra
Três anos após o início do movimento que derrubou presidentes, a contestação no mundo árabe, ameaçada pelas ingerências externas e pelas divisões confessionais, procura um novo fôlego. Se a Síria vive o pior dos cenários, a Tunísia confirma que o desejo por cidadania pode desembocar em um progresso realHicham Ben Abdallah El Alaoui