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Onde estamos e para onde vamos?
Desejar um país igual significa criar e colocar em prática políticas públicas universais, capazes de alcançar a complexidade dos modos de vida na diversidade geopolítica, étnico-racial e de gênero deste imenso Brasil. E é, antes de tudo, uma decisão política radicalmente comprometida com os direitos do povo brasileiroMárcia Helena Carvalho Lopes
Futebol americano: cada vez mais violento, cada vez mais lucrativo
Os Estados Unidos têm quatro grandes festas populares: Dia de Ação de Graças, Natal, Ano-Novo e… o Super Bowl. No entanto, se a final do campeonato de futebol americano constitui de fato um momento de fervor, esse esporte se encontra hoje no centro de um escândalo: vítimas de lesões cerebrais, milhares de ex-jogador
Uma doutrina em questão
O desafio é recuperar a capacidade do Estado de ter um papel estratégico na definição e controle das políticas públicas geridas pelo setor privado. Trata-se de buscar uma nova equação entre os interesses da cidadania e os interesses privados, na defesa do interesse públicoSilvio Caccia Bava
Crimes (econômicos) sem castigo
Ao deslocarem sua produção para os países mais pobres, as transnacionais não procuram apenas mão de obra barata. A fragilidade das leis sociais e ambientais as protege das perseguições judiciais. Essa impunidade prospera também em razão da falta de instâncias internacionais e de tribunais competentes nesses assuntosAurélien Bernier
O socialismo já existe,mas só para os ricos
A Corte de Justiça da União Europeia decidiu que um Estado pode limitar as bolsas de imigrantes intracomunitários “inativos”, suspeitos de perseguir compensações – o chamado “turismo social”. Novamente, a imagem do pobre é associada à do aproveitador.Owen Jones
As lições de um embargo
Prometida por Obama, a retirada do embargo imposto a Cuba em 1962 por John F. Kennedy corrigiria uma violação do direito internacional tão indefensável que todos os Estados do planeta, com exceção de Israel, condenam todos os anos a causa de WashingtonSerge Halimi
Na Espanha, a hipótese Podemos
Mesmo rompendo com os chamados à democracia direta da Puerta del Sol, o Podemos quer ser o herdeiro do “espírito de maio”, principalmente por meio de seus princípios de financiamento participativo, transparência e deliberações coletivas.Renaud Lambert
Por quem tocam os sinos da mobilidade?
A ideologia dominante se baseia em noções tão aceitas que acabam dispensando qualquer perspectiva. É o caso da mobilidade. À primeira vista, ela abriga sob a bandeira do bom senso os traços evidentes de uma época em que tudo se transforma. Analisar essa palavra como se tirássemos as cascas de uma cebolaSimon Borja, Guillaume Courty e Thierry Ramadier
O embargo mais longo da história
Cuba e Estados Unidos anunciaram o restabelecimento de relações diplomáticas. “Isso não quer dizer que o problema principal esteja resolvido”, completou o presidente cubano, Raúl Castro. Embora o colega norte-americano tenha anunciado a abertura de uma embaixada, somente o Congresso pode levantar o bloqueioSalim Lamrani
Balanço de uma presidência negra
Em 20 de novembro de 2014, Akai Gurley passou para a longa lista de negros mortos por policiais brancos nos Estados Unidos. Milhares de cidadãos se manifestaram contra esses crimes impunes. Como única resposta, Obama lhes pediu “perseverança”, com a desculpa de que “as coisas agora estão melhores” do que antesDesmond King
A gigante Maruti-Suzuki diante da juventude trabalhadora indiana
Para atrair investidores, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, defende a flexibilização dos direitos trabalhistas. Como mostrou a enorme greve de 2011-2012 na Maruti-Suzuki, o assunto não está resolvido. Solidariedade entre trabalhadores precários e efetivos, renovação sindical: a juventude resisteNaïke Desquesnes
Terceirização: um problema conceitual e político
Forças empresariais atacam em diversas frentes para legitimar um novo ciclo generalizante da terceirização no Brasil. Mas, afinal, o que é terceirização? Quais são as reais consequências desse fenômeno que provoca grande celeuma em todos os campos em que é tratado?Vitor Filgueiras e Sávio Machado Cavalcante
As obras e a crise de abastecimento
Confira a seguir artigo elaborado com base nas exposições feitas durante as três sessões do “Ciclo de Seminários sobre a Água”, realizado entre 22 de maio e 9 de junho de 2014, no Instituto Pólis, São Paulo. As contribuições foram atualizadas com informações mais recentes, resultantes da evolução da criseDelmar Matter, Renato Tagnin e José Prata|Claudomiro dos Santos

As duas faces da indústria farmacêutica
Para compreender a natureza versátil da mercadoria médica, seguimos a vida do antibiótico Pyostacine, um medicamento comum produzido pela quarta maior farmacêutica no mundo, a Sanofi, desde os laboratórios de pesquisa até os representantes farmacêuticos, passando pela fábrica que produz o princípio ativoQuentin Ravelli
Serviços públicos para redução da pobreza e da desigualdade
No presente, a questão que se coloca é se será possível continuar reduzindo a pobreza em seu sentido mais abrangente, o que vai além do aumento da renda pessoal dos mais pobres, sem reduzir de forma mais drástica a desigualdadeMariana Dias Simpson|Francisco Menezes
Francisco e os povos da Terra
O que se viu em Roma, em outubro de 2014, no encontro histórico de Francisco com representantes de quase cem entidades dos movimentos populares de todos os continentes foi algo inaugural. Um momento histórico que jamais tinha ocorrido na vida da Igreja Católica nessa proporçãoFaustino Teixeira
Crescimento e inclusão social
O desafio para o futuro é enfrentar a crônica desigualdade social brasileira, cujas marcas profundas não foram apagadas pelo progresso recente. Ainda vivemos graves níveis de concentração de renda e de riqueza, injustiça fiscal, problemas estruturais no mercado de trabalho e acesso precário aos bens e serviços sociaisEduardo Fagnani
O Google e o imperialismo linguístico
O imperialismo linguístico do inglês produz efeitos muito mais sutis do que permitem apreender as abordagens centradas na “guerra de idiomas”. O fato de utilizar como pivô sempre um único idioma introduz em todos os outros suas lógicas próprias, portanto, irrefletidamente, modos de pensar específicosFrédéric Kaplan e Dana Kianfar
Quem paga a conta?
A continuidade e o aprofundamento das mudanças que promovem a justiça social passam pela redução da renda financeira dos setores do topo da pirâmide. Alguém vai ter de pagar a conta.Jorge O. Romano
O reinado do inglês nas faculdades da Holanda
“Somos ridículos”, clamava em 10 de abril de 2013 Geneviève Fioraso, secretária de Estado francesa do Ensino Superior e da Pesquisa: nossas universidades não oferecem “cursos suficientes em inglês”. Desde o início dos anos 1990, a Holanda recomenda o uso da língua de Shakespeare nos cursos superiores.Vincent Doumayrou