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Os dilemas da dinastia de Al-Assad
Um imenso clamor por liberdade se ergue na Síria, exigindo a queda do governo. O presidente Bashar al-Assad luta pela sua sobrevivência política e pela manutenção do regime instaurado por seu pai em 1970. Porém, a intervenção em diversas cidades da Síria indica que o regime fez a escolha pela violênciaPatrick Seale
A mulher e a natureza: uma mística recorrente
Imbuídas do sentimento de estarem ligadas aos ritmos da natureza, as mulheres compreendiam a interconexão entre esta e os seres humanos. A prevenção contra a destruição ambiental tinha seu ponto forte nesse vínculo. Assim, essa identificação tornou-se um projeto positivo, que as alçou ao nível de guardiãs da ecologiaJanet Biehl
As biolutas e a constituição do comum
Os moradores que defendem suas comunidades no RJ, os operários que se revoltam em Jirau e os ativistas dos Pontos de Cultura e dos pré-vestibulares afirmam em suas lutas as dimensões produtivas da vida. Nesse sentido, as biolutas são, produtivas e reivindicativas. Na luta contra a fragmentação, elas produzem o comumGiuseppe Cocco
Reforma política: a democratização do poder
Nos próximos meses serão coletadas assinaturas para que as propostas de uma iniciativa popular de reforma política sejam levadas ao Congresso e tramitem como projeto de lei. José Antônio Moroni, da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Políitco, apresenta a inciativa e discute suas perspectivas.Luís Brasilino
Operários do sexo virtual
A explosão de conteúdos “adultos” na internet resultou em uma indústria que liga “artistas” na frente de suas câmeras e “voyeurs” sentados diante de seus computadores.Esse sistema econômico opaco prospera com a exploração dos “produtores de conteúdo” e prefigura uma forma de divisão do trabalho facilitada pela internetOlivier Corten
Com maioria, mas sem reformas
O governo deve evitar alterações polêmicas na Constituição, o que supõe que temas como reforma previdenciária, trabalhista e sindical dificilmente serão prioridade. Mas as forças progressistas, terão a tarefa de impedir o avanço das forças conservadoras no interior da coalizão governista.Antônio Augusto de Queiroz
O código do atraso
As lideranças ruralistas c/ forte influência e trânsito nos arcos e cúpulas de Brasília parecem ter certeza da aprovação de um substitutivo que finalmente as desobrigará do cumprimento de exigências que estão previstas em lei desde o governo do pres. Getúlio Vargas, qdo foi editada a 1 versão do Código Florestal (1934)João Paulo R. Capobianco
O massacre de Realengo
Quais foram as causas do assassinato de 12 crianças numa escola do RJ? Por certo, não é fácil responder. Cada indagação, por si, requer considerar inúmeros aspectos enfeixados em torno da segurança pública, das escolas, do universo social e cultural das famílias, e da saúde mental em nossa sociedade.Sérgio Adorno
Entre a esperança moderada e a incerteza
O modelo econômico não está em questão no segundo turno das eleições peruanas. Porém, um triunfo de Ollanta Humala abre caminho p/ a construção de uma nova correlação política e social p/ avançar nas rupturas com a ordem neoliberal. Já a vitória de Keiko Fujimori seria um retrocesso.Eduardo Ballón Echegaray
Por que as gangues atraem os jovens?
A morte de um adolescente em um enfrentamento entre jovens na França, projetou novamente as gangues para a manchetes. Entretanto, além dos discursos alarmistas dos especialistas e das declarações de guerra de ministros do Interior, o que sabemos dessas formas de sociabilidade dos meios populares e suas evoluções?Gerard Mauger
A nova direita e os velhos hábitos
O chileno Sebastián Piñera prometia uma ruptura. Esquecer a “velha direita” (herdeira de Pinochet) e pôr fim à política à moda antiga:cercado por um “governo dos melhores”, o milionário administraria o país como a uma empresa. De início, a fórmula seduziu. Mas, após um ano, alguns passam a duvidar
A era pós nuclear
Fukushima marca, em matéria de energia atômica, o fim de uma ilusão e o começo da era pós-nuclear. Agora classificado como de nível sete, o mais alto na escala de acidentes nucleares, o desastre japonês já é comparável ao de Chernobyl, por seus “efeitos radioativos consideráveis na saúde das pessoas e no meio ambienteIgnacio Ramonet
Índia e China, conflitos e convergências
Em abril, pela 1° vez, o grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e, cada vez mais, a África do Sul, formou uma frente única, sobretudo com relação à intervenção na Líbia e ao dólar. Entretanto, apesar de parecerem unidas nos encontros internacionais, Índia e China, quando frente a frente, se tornam guerreirasChristophe Jaffrelot
Imprensa, outra guerra marfinense
“A guerra terminou”, declarou o presidente Alassane Ouattara no momento da prisão de Laurent Gbagbo, no dia 11 de abril. Se o futuro da ainda dividida Costa do Marfim permanece incerto, o conflito aberto pela eleição também se desenvolve na mídia local, com os dois se enfrentando via imprensa e agências de comunicaçãoVladimir Cagnolari
A ONU condenada por ela mesma
Em menos de um mês, as Nações Unidas autorizaram duas vezes o recurso à força, na Líbia e na Costa do Marfim. Excepcionais, essas decisões são fundadas no reconhecimento de “dever dos Estados de proteger as populações civis”. Será que a ONU vai passar a validar um “direito de ingerência” variável conforme circunstânciaAnne-Cécile Robert
O efeito Al Jazeera
Em poucos anos, a rede de televisão Al Jazeera alterou profundamente a paisagem midiática nos países árabes e criou um espaço público transnacional, transformando-se num protagonista decisivo das mudanças drásticas que vêm abalando a região desde o final do ano passado