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É preciso falar de Rafael Braga Vieira
Mais do que isso, a raça como construto social e invenção que estrutura a colonialidade do poder sempre exerceu centralidade nas políticas de contenção e repressão no continente latino-americano, funcionando como um potente marcador social de desigualdades

O grande retorno da China-mundo
A China só pode fazer valer sua reivindicação de uma universalidade diferente daquela do Ocidente recorrendo ao álibi culturalista e brandindo a bandeira dos “valores asiáticos”, ou “confucionistas”, diante dos “direitos humanos”, dos quais os ocidentais são os campeões

O belo Danúbio negro
Qual é a identidade nacional húngara? Com base em uma leitura particular da história, os dois grandes partidos da direita a definem cada um ao seu modo. Seus programas políticos e sociais inspiram-se nela para propor um conjunto de valores, ao qual uma “contracultura” – de shows de rock a exibições equestres – ofereceEvelyne Pieiller

O Brasil será o Paraná?
É bom nos prepararmos para tempos mais turbulentos, em que o conflito social vai tomar as ruas, vai ocupar os prédios públicos, vai pressionar os parlamentos, vai tensionar nossa democracia. Com a aprovação da PEC n. 241, o corte no orçamento das políticas públicas e a redução nos programas de pr…Silvio Caccia Bava

Uma etapa crucial da contrarreforma
É possível encontrar na MP n. 746/2016 semelhança com o projeto da ditadura empresarial-militar, notadamente no intento de formação profissional no ensino médio, na formação simplificada do magistério e na descaracterização das ciências sociais, naquele contexto ressignificadas como Educação Moral e CívicaRoberto Leher

A MP n. 746 no contexto de privatização da educação regional e global
É possível encontrar na MP n. 746/2016 semelhança com o projeto da ditadura empresarial-militar, notadamente no intento de formação profissional no ensino médio, na formação simplificada do magistério e na descaracterização das ciências sociais, naquele contexto ressignificadas como Educação Moral e Cívica
Brasil: uma política educacional fundamentada em mitos?
Há vários mitos sobre a educação cuja aceitação é bastante ampla. Como consequência, tem-se um entendimento equivocado da realidade, que leva grande parte da população a julgar positivas propostas totalmente inadequadas. Desconstruir esses mitos é fundamentalOtaviano Helene, Marcelo T. Yamashita e Lighia B. Horodynski-Matsushigue
Uma política na contramão do trabalho
Diferentemente de seu passado recente, em que estavam amarradas ao investimento, hoje as desonerações são utilizadas muito mais para reduzir os custos de produção, assegurar a taxa média de lucro, dar folga no fluxo de caixa das despesas financeiras e comprar ativos no mercado financeiroJuliano Giassi Goularti

Masoquismo eleitoral
Em 2012, o “voto útil” conduziu adversários do neoliberalismo a escolher Hollande já no primeiro turno a fim de garantir o fracasso de Nicolas Sarkozy. Sabemos no que deu: as orientações principais do presidente vencido foram confirmadas por aquele que se elegera contra ele e a Frente Nacional virou o principal partidoSerge Halimi
Punk, anarquista e prefeito
Antes uma capital desanimada ao cair do dia, Reykjavík se tornou, com a explosão do turismo, uma cidade viva, alegre, dinamizada por diversos eventos culturais e um sentimento de segurança cujo efeito é contagioso. Acusados frequentemente de destruir a natureza, os visitantes tornaram a cidade mais ecológicaGerard Lemarquis
Nem todas as mulheres dos Estados Unidos são Hillary Clinton…
Misógino contumaz e cercado de acusações de assédio sexual, Donald Trump afastou de si boa parte do eleitorado feminino. Aproveitando-se dessa impopularidade, Hillary Clinton apresenta-se como um modelo às mulheres em busca de emancipação. No entanto, a igualdade de gênero permanece um distante horizonte nos EUAFlorence Beaugé
Haiti, o impasse humanitário
Responsável por mais de quinhentos mortos em uma semana, o furacão Matthew causou mais estragos no Haiti do que nas outras regiões pelas quais passou. O país mais pobre do Caribe estaria condenado a ter infinitas recaídas apesar da ajuda recebida?
Por que os colombianos rejeitaram a paz
Todas as pesquisas davam o “sim” como ganhador com uma margem confortável. No entanto, em 2 de outubro, os colombianos rejeitaram o acordo de paz entre o governo e as Farc, que orquestrava o fim de um conflito que já dura mais de meio século. Outra coisa estranha: a participação só atingiu 37,4%.Gregory Wilpert
Moscou entra na decisiva batalha por Alepo
O envolvimento militar direto na Síria permitiu a Putin alcançar um sucesso inesperado. Mais capaz que os Estados Unidos de fazer os jihadistas recuarem, a Rússia se impôs no Oriente Médio como um ator determinante, ditando a ordem do dia. Por outro lado, a iniciativa de intervir na Batalha de AlepoJacques Lévesque
O quebra-cabeça norte-americano em Mossul
Devastadoras, as guerras no Iraque e na Síria implicam cada vez mais as potências estrangeiras. Após hesitar por muito tempo, Washington finalmente deu sinal verde para o Exército iraquiano e seus aliados retomarem o controle de Mossul, grande cidade do país comandada pela Organização do Estado Islâmico desde 2014Akram Belkaïd
A insurreição alemã contra o livre comércio
Ao se recusar a aprovar o Acordo Econômico e Comercial Global (AECG) entre o Canadá e a União Europeia, o Parlamento da Valônia, na Bélgica, atraiu para si a fúria dos dirigentes europeus e dos editorialistas da mídia comercial. Agora, esse tratado alimenta uma forte contestação popular, especialmente na Alemanha
A agonia do “extremo centro”
O Partido Socialista Operário Espanhol decidiu, em 23 de outubro, deixar o conservador Mariano Rajoy formar um governo. A decisão põe fim a dez meses de bloqueio institucional. Ela também dá forma a uma “casta” denunciada pelo Podemos: um campo político preocupado em manter o status quo
Aborto, o obscurantismo polonês
Diante da mobilização maciça das polonesas em outubro, o partido Direito e Justiça (PiS), atualmente no poder, renunciou ao projeto de estender a proibição do aborto aos casos de estupro e má-formação. A Polônia já tinha anulado a liberdade de escolha em 1993.
As ocupações se espalham… e as estratégias de repressão também
A nacionalização da tática das ocupações colocou um desafio aos dispositivos de repressão e aos governos de diferentes estados, que reagem de acordo com certos padrões que parecem se repetir. Em São Paulo, o aprendizado da derrota de 2015 representou para o governo uma sofisticação e um endurecimento do autoritarismo
Trabalhadores em educação resistem
As ações da CNTE e de entidades parceiras na luta contra a reforma do ensino médio – e contra a imposição do projeto neoliberal derrotado nas urnas – têm sido as mais diversas, com foco na conscientização das categorias de trabalhadores e no enfrentamento das pautas reacionárias nas ruas, no Congresso e no JudiciárioRoberto Franklin de Leão
Entre o autoritarismo e a esperança democrática
Enquanto a agitação política e a guerra varrem o Oriente Médio, Argélia, Marrocos e Tunísia podem parecer um polo de estabilidade no mundo árabe. Isso se deve à natureza homogênea de seu poder e de sua população.Moulay Hicham