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No coração do conservadorismo
O repórter se incorpora a um cruzeiro marítimo promovido pela National Review. E entra em contato com um mundo surreal, no qual a guerra do Iraque é um “sucesso notável”, o aquecimento global “não existe”, Pinochet “salvou o Chile”, os muçulmanos ameaçam “dominar a Europa” e, “se Deus quiser”, Bush vai bombardear o Irã
Sociedades efervescentes, governos sem gás
Dispersa em um mosaico de foros de negociação, a esquerda governa sem dar-se conta de que a integração regional poderia ser uma resposta concreta aos efeitos nocivos da globalização econômica. O Mercosul, porém,continua vivo, nas iniciativas da sociedade civil, que não depende da burocracia estatal para se integrar
As dificuldades de uma revolução sem revolução
Em um país com maioria indígena, é natural que o governo de esquerda tente minimizar a discriminação sofrida durante séculos de exploração. Porém, para aqueles que não compartilham dessa identidade, isso pode parecer um privilégio. Aí está a brecha que a direita precisava para difamar
Uma peça fundamental no xadrez de Bin Laden
Durante três meses, o exército libanês sitiou o campo palestino de refugiados de Nahr al Bared, no norte do país. Ali estava entrincheirada uma organização até então desconhecida, a Fatah al Islam. Em pouco tempo, esse grupo, dirigido pelo filho de Bin Laden, ganharia notoriedade graças à sua conexão com a Al Qaeda
Entre o exército e o fundamentalismo
Os kemalistas, dominantes nas forças armadas, vêm espalhando boatos de que o objetivo do governo é instaurar um sistema de feitio iraniano. A desconfiança explica por que a “questão do lenço”, ou seja, a licença para as mulheres muçulmanas usarem o pano em torno da cabeça, tem dominado o debate político
Washington brinca com fogo na Somália
Temendo um novo Afeganistão, os Estados Unidos empreenderam em 2007 uma guerra por procuração, recrutando a Etiópia para desalojar do poder a União dos Tribunais Islâmicos. Mas a ação reacende velhos conflitos regionais e ameaça desestabilizar mais ainda o já bastante conturbado Chifre da África
As bases sociais da explosão queniana
Menina dos olhos do Ocidente, o Quênia vive hoje uma crise que envolve velhos atores políticos e contrapõe as etnias luo e kikuyo. Mais do que uma disputa meramente eleitoral, o conflito é conseqüência da profunda desigualdade de classes no leste africano
Longe demais dos pequenos empreendedores
Os micros e pequenos negócios constituem a principal fonte geradora de trabalho e renda para os pobres no Brasil. O financiamento dessa atividade é estratégico para o desenvolvimento democrático, inclusivo e consistente
Um império regido pela lei da selva
No Brasil, as taxas praticadas pelo mercado de crédito estão na faixa dos 7% ao mês e isso não nos parece tão excessivo. Na realidade, 7% ao mês são 125% ao ano! Tal cifra provocaria taquicardia em qualquer consumidor americano ou europeu, sem falar do japonês, que paga menos de 2% ao ano
Para onde vai o Fórum Social Mundial
Após oito anos, o evento que começou no Brasil se espalhou pelo mundo, estimulando iniciativas locais e regionais que questionam a lógica de mercado e a globalização. Plural e horizontal, segue agregando novas propostas sob a perspectiva de uma outra sociabilidade possível
Tem gente lucrando com o desemprego
Assim como no Brasil, o reposicionamento profissional está se tornando um mercado bastante lucrativo na França. A diferença é que, lá, antes de ser explorado por empresas privadas, esse serviço já era fornecido há décadas pelo Estado e atende todas as camadas da população
Os direitos do homem são mesmo universais?
O ocidente tenta impor para todos os povos do mundo, independentemente de sua cultura, o conceito de direitos humanos. Exige que eles se adequem aos seus preceitos, sem exceção ou brechas. E esquece que essa mesma construção ideológica foi forçada goela abaixo dos próprios europeus

Democratizar a democracia
Não queremos a “inclusão” nesta ordem que está aí. Queremos mudar tal ordem. Por isso, pensamos o debate sobre a Reforma do Sistema Político como um elemento-chave na crítica das relações que estruturam este mesmo sistema.
Os rururbanos e a natureza
Como o fenômeno está diretamente ligado ao uso do automóvel, que se manifestou precocemente nos Estados Unidos, a urbanização difusa, longe de beneficiar a natureza, tem como efeito principal o aumento da pressão humana sobre o ambiente. Ou seja, causa a destruição do próprio objeto de desejo
A construção democrática e o futuro
O socialismo do século XXI implica o Estado de Direito. Liberdades e direitos estendidos a toda a cidadania, proteção da identidade individual e da diversidade da espécie humana, supremacia do cidadão sobre o Estado: o socialismo não é mais que o controle da humanidade sobre o capital que o pode destruir
Somente um liberalismo é possível
O contínuo trabalho de conquista dos espíritos empreendido pela escalada liberal, e que foi respaldado pelo poder político e fortificado à medida que o capitalismo ampliava sua empresa, conduziu à construção metódica de uma visão de homem cuja conduta se assenta sobre o interesse e a utilidade
Até onde vai a participação cidadã?
Estima-se que quase 2 milhões de pessoas participem dos conselhos e conferências abertos à cidadania nos níveis federal, estadual e municipal. Mas de que têm servido todos esses espaços? Qual papel exercem de fato na democracia? Acaso têm contribuído para a redução das desigualdades sociais?
A hipermassificação e a destruição do indivíduo
O “tempo livre” é de fato assim tão livre? Esse tempo, saturado de produtos culturais, impede que cada qual se diferencie por escolhas próprias. E, levando a uma perda generalizada de individuação, engendra rebanhos de seres em permanente e angustiante mal-estar – rebanhos que se aproximam mais da horda furiosa
O epicentro da crise econômica mundial
Estamos assistindo à mais importante turbulência econômica das últimas décadas. O desfecho reside na capacidade das economias asiáticas substituírem o motor americano – uma nova manifestação do declínio do Ocidente, anunciando o deslocamento do centro do mundo globalizado dos Estados Unidos para a China
Um outro retrato de Stálin
Os trabalhos do historiador britânico Geoffrey Roberts rejeitam a caricatura do dirigente soviético como um ditador tirânico e incompetente. E enfatizam seu papel decisivo na derrota do nazi-fascismo. Bem como seu esforço para assegurar à Rússia devastada pela Segunda Guerra algumas décadas de paz e segurança