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Miscelânea
“Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar” e “Previdência: o debate desonesto”
“Em um país misógino e racista, espero todo tipo de violência”
Atriz falou sobre a descoberta do ambientalismo como luta, o processo contínuo de evolução cultural e a construção da própria personalidade
A trilha sonora do neoliberalismo
Dos ritmos das pistas de dança às vozes das periferias, da música eletrônica French house, cujo principal expoente é o grupo Daft Punk, ao rap, a música – que nos últimos anos vem recuperando o sucesso comercial – conquista cada vez mais o gosto de uma boa parte das elites. O que está em jogo nesse processo de legitimação cultural?
Se você quer a guerra, prepare-se para a guerra
Os incidentes entre Irã e Estados Unidos se multiplicam. Desde que o presidente Donald Trump decidiu abandonar o acordo nuclear assinado com Teerã pelas grandes potências em 2015, durante o mandato de Barack Obama, assiste-se a uma sucessão de drones abatidos, declarações marciais e embargos. A imprensa norte-americana não é um ator alheio a essa escalada
O fim do mundo não vai acontecer
Agimos melhor com as costas na parede, quando não há mais escapatória e tudo desmorona? Essa tese é defendida por algumas correntes ecológicas: a humanidade teria destruído o meio ambiente a ponto de provocar o colapso iminente da biosfera. Agora, seria o caso de se preparar para o futuro. Catastrofismo esclarecido ou pavor obscurantista?
Você também pode ser como eu
Para Michelle Obama, sua história é indiscutivelmente fascinante, e ela teve êxito para transformá-la em um capital que não parou mais de dar frutos – 10 milhões de exemplares de Becoming vendidos no mundo durante os primeiros seis meses, um sucesso inédito para memórias
Na estrada, policial é rei
Uma interminável fita de asfalto desenrolada em direção ao horizonte: contrariamente ao que sugere a romântica imagem da estrada norte-americana, poucas atividades são tão controladas quanto dirigir. Hoje, muitos motoristas contestam os radares de veículos; eles imaginam ser mais fácil escapar de agentes de carne e osso. Mas essa indulgência não está garantida a todos…
A difícil afirmação homossexual na Argélia
Em um país marcado por restrições sociais e religiosas, assim como por uma visão congelada da virilidade, a homossexualidade masculina segue clandestina e, em teoria, reprimida pela lei. Entretanto, a abertura para o mundo, especialmente graças à internet e às redes sociais, permite aos homens envolvidos vencer o obstáculo da autorrejeição
Na Mauritânia, uma sociedade obcecada pela cor da pele
País pobre, a Mauritânia distingue-se de seus vizinhos do Sahel que convivem com a violência de grupos jihadistas armados, mas segue sofrendo com as divisões étnicas e com a hierarquia definida pela cor da pele. Em um contexto social tenso, a juventude encontra refúgio na fé e na música
Em 1939, mergulhados nos campos de refugiados espanhóis na França
Ao final da guerra civil desencadeada pelo general Francisco Franco, a derrota dos republicanos espanhóis estava consumada. Certos de que uma repressão sem piedade os esperava na Espanha, centenas de milhares deles se refugiaram na França no início de 1939. Jornalistas de esquerda – mas não só – testemunharam de perto seu destino
Airbnb e queijo de cabra
Já se vê que a datcha pode ser um paraíso hedonista ou um ganha-pão. Por que escolher? Desempregados e funcionários mal pagos, aposentados mal recompensados pelo trabalho de uma vida inteira, estudantes idealistas ou operados convalescentes vão buscar lá as soluções para seu problema.
O lado jardim da Rússia
Ilha de propriedade privada sob o comunismo, refúgio da agricultura de subsistência na época da coletivização, local de todas as criatividades arquitetônicas e de evasão intelectual sob Brejnev, a datcha continua sendo a face oculta da Rússia – uma zona de direito consuetudinário na qual a nova lei, em vigor desde 1º de janeiro, pretende pôr ordem
“Aqui, quem manda é a guerrilha”
As medidas de acompanhamento do acordo de paz assinado em 2016 entre Bogotá e as Farc se encerram em 15 de agosto, enquanto a reforma agrária prometida se arrasta, travando o processo. Nesses três anos, cerca de 500 militantes de movimentos sociais e 180 ex-combatentes foram assassinados. Em 20 de maio, o ex-negociador da paz pelas Farc, Iván Márquez, declarou: “Depor as armas foi um grande erro”. Ele voltou à clandestinidade
A esquerda canibal
Os universitários norte-americanos tornaram-se bastiões privilegiados de uma análise identitária da sociedade. Os conflitos comuns que surgem são assim interpretados como expressão desta ou daquela dominação, com o risco de os estudantes imaginarem que podem lutar pela justiça social sem deixar o campus
A nova política nacional sobre drogas e as comunidades terapêuticas
No dia 5 de junho, foi sancionada a Lei n. 13.840/2019. Mesmo com vetos, ela altera o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (Sisnad), instituído em 2006, endurecendo-o e fortalecendo as comunidades terapêuticas, por um lado, e estabelecendo o fim de qualquer incentivo à Política de Redução de Danos (PRD), por outro
O bolsonarismo e o proibicionismo se retroalimentam
O governo alimenta e sustenta o proibicionismo, que alimenta e sustenta o governo, seus integrantes e sua base social. Cabe a nós, que prezamos a vida, e não o dinheiro e a morte, defender e aprofundar o legado dos avanços conquistados, independentemente de quem esteja no poder
Políticas de vida e de morte no controle proibicionista das drogas
Aumenta nacionalmente, de forma gradual e contínua, o número de vítimas de mortes intencionalmente provocadas: em 2018, mais de 65 mil pessoas cuja vida foi eliminada tiveram sua morte registrada oficialmente como “homicídio”, sendo o maior crescimento nas capitais de estados do Norte e Nordeste.
A proibição como estratégia racista de controle social e a guerra às drogas
Apesar do mito da democracia racial e da cordialidade brasileira, o racismo estrutural no Brasil formata o controle social e as políticas de repressão, e ganha especial destaque na política criminal de drogas, com reflexos no superencarceramento de pessoas negras
Eleições
O principal desafio é construir poder político a partir do território em que as pessoas vivem, por meio da mobilização da cidadania. O objetivo maior é que as pessoas se reapropriem do poder de decidir sobre a própria vida, retomem a gestão do que é público, invistam na construção de bens comuns, debatam um novo projeto de sociedade, mais justa, mais solidária, mais cooperativa, com governos preocupados com a qualidade de vida das pessoas, não em facilitar para grandes empresas suas oportunidades de negócios, como é agora.
Os talibãs de São Francisco
Um “grupo de reflexão e de ação” selou o destino das pinturas de Arnautoff alegando com altivez que elas “glorificam a escravidão, o genocídio, a colonização, o destino manifesto [a ideia de que os colonos protestantes têm a missão divina de “civilizar” o continente americano], a supremacia branca, a opressão etc.”