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R$ 24,00
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Os riscos de ser um swing state
Segundo analistas internacionais, o Brasil tornou-se um swing state.1 De uma posição subserviente aos Estados Unidos no governo anterior, hoje o país é visto como não alinhado às políticas norte-americanas
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Estamos aqui
Seis meses após o cinquentenário de sua fundação, o Reunião Nacional se tornou o maior da França. Suas prioridades ideológicas – endurecimento penal, combate aos imigrantes e “assistidos” – já inspiram as políticas do presidente Emmanuel Macron. No entanto, a extrema direita se alimenta há muito mais tempo da falta de compromisso e das acomodações dos partidos no governo
![Austeridade impede inflexão na rota de debilitamento das universidades Austeridade impede inflexão na rota de debilitamento das universidades](https://diplomatique.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Austeridade-impede-inflexao-na-rota-de-debilitamento-das-universidades-1024x613-250x150.jpg)
Austeridade impede inflexão na rota de debilitamento das universidades
O Regime Fiscal Sustentável do governo Lula 3 mantém a ordem de grandeza dos recursos discricionários no mesmo patamar médio da guerra cultural do governo Bolsonaro. Em 2024, com o pequeno acréscimo advindo da greve, o orçamento discricionário é de R$ 6,38 bilhões, muito inferior aos R$ 14 bilhões de 2014
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O novo contexto da privatização
Sob dominância financeira, as instituições de ensino superior privado-mercantis têm seus modos de organização e funcionamento radicalmente transformados ao serem convertidas em grandes grupos econômicos controlados por fundos de investimentos e, em muitos casos, com ações negociadas na Bolsa de Valores
![“A contribuição da educação para a ascensão da extrema direita” “A contribuição da educação para a ascensão da extrema direita”](https://diplomatique.org.br/wp-content/uploads/2024/07/A-contribuicao-da-educacao-para-a-ascensao-da-extrema-direita-1024x613-270x200.jpg)
A contribuição da educação para a ascensão da extrema direita
Perante uma educação que não fornece instrumentos para exercer o direito à crítica, os críticos passam a ser a extrema direita. A educação acaba se tornando um investimento individual. Não se trata mais de valores sociais, da busca pela transformação do mundo etc. Estudar vira consumir um produto que trará retorno pessoal
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Caminhos para o bem-viver
Nos últimos trinta anos houve uma expansão sem precedentes do ensino superior brasileiro. Esse crescimento veio acompanhado de novos desafios, que evidenciam problemas estruturais no sistema educacional que ultrapassam os muros das universidades
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Defender e subverter a universidade pública no Brasil
É preciso mudar drasticamente a mentalidade universitária, a ponto de incidir em novas ações políticas que combatam em seu interior as formas de reprodução das gestões oligárquicas de poder, o produtivismo academicista estéril e um estado de letargia geral entre a categoria docente no que tange à luta por seus direitos
Aos olhos do mundo
Não há algo de hipócrita em nossa surpresa? Uma crise institucional, o Reunião Nacional como o principal partido da França, um “grande jogo” político: a conjuntura das últimas semanas se inscreve em uma história de pelo menos quarenta anos. A falta de compromisso das classes dirigentes, sua arrogância cultural, seu desprezo social e seu segregacionismo espacial prepararam o terreno para a extrema direita (pág. 2). Atualmente, a xenofobia e o antifeminismo do Reunião Nacional não repelem mais certas parcelas das elites (pág. 18). À frente de um Estado do qual as classes populares desconfiam (pág. 16), um presidente enfraquecido tenta improvisar. Porém, como mostra seu balanço diplomático, esse método tem limites (ver abaixo)
Você disse “sentimento de abandono”?
Fazer o que quiser em casa. Não depender de ninguém. Especialmente não depender de um Estado que não satisfaz mais as demandas que lhe são dirigidas, mas multiplica as exigências. Comum em áreas rurais, esse estado de espírito favorece o partido de extrema direita francês Reunião Nacional. Seus porta-vozes reforçam a capacidade de se destacar sem fazer reivindicações, desde que o mérito individual seja recompensado
A elite da extrema direita
A falta de quadros e a desconfiança dos meios econômicos têm frequentemente constituído um obstáculo para o partido da extrema direita francesa Reunião Nacional. Sua normalização nas questões fiscais, monetárias e europeias soa como um convite para a classe dirigente. Como ela está reagindo a isso?
A Europa conservadora que está por vir
A eleição europeia de 9 de junho não modificou os equilíbrios políticos no Parlamento. As direitas nacionalistas avançam, mas permanecem desunidas; liberais e ecologistas recuam; sociais-democratas e o Partido Popular mantêm sua posição dominante. Porém, por trás dessa aparente continuidade, emerge um bloco ideológico neoconservador encarnado por Ursula von der Leyen
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Os trens regionais, um atraso francês
Na França, as áreas metropolitanas não param de se expandir e, com elas, as fronteiras invisíveis entre o centro da cidade e a periferia. Para conectar uma à outra, os trens expressos mostraram sua eficácia em toda a Europa, mas tardam a se desenvolver na França, exceto em Paris. Divididas a respeito da urgência ecológica, as autoridades públicas dificultam o transporte ferroviário
Desescalada no Mar Negro
Em julho de 2023, a segurança alimentar mundial parecia ameaçada. Moscou suspendeu sua participação em um acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro. No entanto, suas águas apresentam um surpreendente dinamismo comercial um ano depois, como se os dois beligerantes concordassem em limitar a escalada ali
Nova Caledônia: as razões da revolta
Ao decidir impor uma modificação no colégio eleitoral da Nova Caledônia, o presidente Emmanuel Macron inflamou o arquipélago. Embora as mobilizações tenham sido interrompidas até as eleições legislativas francesas de 7 de julho, a raiva popular não diminuiu. Tendo apoiado um dos lados na disputa sobre a independência, o Estado francês ainda pode ser o garantidor do processo de descolonização imaginado há quase quarenta anos?
A justiça internacional no caldeirão de Gaza
Os tribunais internacionais raramente estiveram sob tantos holofotes. Os dois processos abertos em Haia sobre Gaza – um contra o Estado de Israel e outro contra dois de seus líderes e aqueles do Hamas – ilustram as rupturas de uma geopolítica tumultuada
Aquilo que chamamos de genocídio
Da República Democrática do Congo (RDC) à Síria, passando por Gaza, as acusações de genocídio se multiplicam, acompanhando os conflitos e os desvios autoritários de alguns regimes. Essas polêmicas, tão antigas quanto a palavra, criada em 1944, interessam a juristas e historiadores, cuja expertise ilumina as tragédias do passado e do presente
![Material publicitário para o Portal do Trabalhador Material publicitário para o Portal do Trabalhador](https://diplomatique.org.br/wp-content/uploads/2024/07/Pag_32-33_Le_Monde_Edicao_204_Matheus_Britto_Prefeitura_Municipal_do_Jabotao_dos_Guarapes.jpg-1024x683-270x200.svg)
A uberização dos jornalistas
Como outros trabalhadores, os jornalistas sofrem com a terceirização de suas tarefas e a degradação de suas condições de trabalho. Ao incentivarem a produção de artigos padronizados, esperados, copiados de agências de notícias, as empresas de mídia facilitaram a substituição dos redatores por executores mal pagos. À espera dos robôs…
Repórteres na linha de frente
Transmitir de perto as imagens da ação; cobrir um protesto do lado dos manifestantes em vez de do lado da polícia: os repórteres de rua, ou street reporters, contribuem há quinze anos para mudar a percepção sobre os movimentos sociais. Como e à custa de quais contradições esses jornalistas engajados se inserem em um universo audiovisual dominado pelo dinheiro?
Guerra cultural à italiana
Giorgia Meloni e seus aliados querem acabar com a suposta hegemonia cultural da esquerda, um projeto sempre querido pelo populismo reacionário. Mudar os dirigentes políticos e reduzir os (já escassos) orçamentos não é suficiente. É necessário impor uma “nova narrativa”, celebrando os valores nacionalistas e neofascistas – uma empreitada a longo prazo, que passa pela reescrita da história
O hambúrguer, uma paixão francesa
“Normalmente, 40% do boi vira carne moída: os cortes de segunda, que exigiriam cozimento longo e receitas trabalhosas”, explica Myriam Loloum
Miscelânea
Confira as resenhas de “Talvez este não seja o meu ano”, “O livro do figo” e “O cordeiro e os pecados dividindo o pão”