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Fim da globalização, início da Europa?
Violando as regras de livre comércio que havia estabelecido anteriormente, a União Europeia não poupou esforços para que os bancos conseguissem se reestruturar. O fato é que as necessidades da beira do precipício não deixaram aos governos europeus outra escolha senão desrespeitar os dogmas da intervenção estatal
Ética e manipulação genética
Os avanços na pesquisa genética estão permitindo identificar a predisposição a doenças e a intervir nos genes responsáveis ainda na fase de gestação. Estas conquistas das ciências tornam possível o que antes era ficção cientifica: a eugenia, ou seja, a seleção genética de acordo com valores e critérios de cada cultura
Muito mais que uma pandemia
As novas técnicas de produção e empresas como a multinacional Smithfield Foods, com filiais no México, confinando milhões de porcos em enormes chiqueiros, são consideradas por epidemiologistas uma verdadeira bomba-relógio, facilitando a disseminação e mutação de novos vírus em larga escala
Uma greve “indefensável”
Aproveitando-se de um conflito entre patrões e empregados, a mídia conservadora manipula a situação e busca deslocar o conflito para uma disputa por empregos entre imigrantes e trabalhadores ingleses. Os sindicatos protestam contra a mídia e as discriminações
Do trabalho precário ao desemprego
Uma cadeia internacional de relações comerciais com Hong Kong, Taiwan e Coréia do Sul, num primeiro momento levou Dongguan a multiplicar suas fábricas e empregos, na fase atual a queda nas compras provoca demissões em massa e rupturas de contratos de locação de fabricas locais pelos estrangeirosTristan de Bourbon
Irã, um capitalismo de monopólios
A vitória das forças de ocupação no Iraque trouxe também mudanças de valores: “o valor-riqueza e os valores materiais triunfaram”. Os monopólios foram se constituindo, assim como se consolidou a presença de corporações multinacionais. O Estado não tem mais a capacidade de se impor sobre os principais agentes econômicosRamine Motamed-Nejad
Os campos de refugiados podem decidir a guerra
Tanques, artilharia,, aviões bombardeiros. Enquanto os governos americano e paquistanês aliam-se na guerra contra a Al-Quaeda-Talibã, 1 milhão de refugiados vivem em tendas de lona escaldantes, sem água potável ou postos de saúde. A operação desligada da preocupação com a população dificilmente enfraquecerá o Talibã
África do Sul, a alternância ardilosa
Na campanha eleitoral, Jacob Zuma soube aproveitar-se da cultura local, assumindo o papel do perseguido por um poder maléfico, personificado em seu adversário, o presidente Thabo Mbeki. As simpatias populares aumentaram quando ele se dispôs a representar e defender os interesses dos rejeitados e desempregados
Uma justiça sem juízes?
O poder judiciário argentino é um dos recordistas mundiais em lentidão. Entre os principais motivos para essa situação está a falta de juízes para lidar com tantos casos. Sem tempo, os magistrados costumam delegar suas funções para secretários, que preparam as sentenças
A caminho de uma justiça automática
Novas medidas do governo francês acabam por subordinar a ação dos magistrados, criando uma vulnerabilidade inédita dos juízes, que passam a ser selecionados pelo gabinete do ministro para cuidarem de casos específicos. A justiça passa a ser considerada um ramo inferior da administração pública
O neoliberalismo acabou?
O cenário que se abre é de disputas. Ainda há que se enfrentar o regime neoliberal, suas instituições, suas regras. Elas estão todas aí, operando
Os novos desafios do jornalismo
O surgimento do “jornalismo cidadão” produziu uma pequena fissura no monopólio informativo dos órgãos tradicionais de imprensa. O crescimento dos meios eletrônicos complica a situação dos jornais, e modifica tanto seus modos de contar histórias como seus modelos de negócio
TCU: quem controla o controlador?
O Tribunal de Contas da União tem a responsabilidade de apoiar o Congresso Nacional na fiscalização das ações do Executivo, especialmente seus contratos e seu gasto. Tem a possibilidade inclusive de criar assessorias técnicas em áreas específicas. Pouco de seu trabalho resulta em ressarcimento aos cofres públicos
O reencantamento da cartografia
As novas tecnologias de georeferenciamento, associadas a processos participativos, têm permitido a distintas comunidades se reconhecerem e a seus territórios, em um processo simbólico onde os mapas são também a afirmação de sua existência
TCU: entre a decisão técnica e política
A construção de alianças e coalizões partidárias leva os governantes a indicarem para o Tribunal de Contas da União representantes de partidos e de interesses privados. Os resultados são mínimos, apenas 1% das solicitações de devolução de recursos ou multas aplicadas retornam aos cofres públicos
Clint Eastwood realmente mudou?
Ao tratar de temas caros ao conservadorismo, individualismo e violência norte-americanos, a longa trajetória do cinema de Eastwood, que conta cada vez com mais sucesso, é criticada por desconhecer ou ignorar as novas agendas contemporâneas, expressando uma visão saudosista e reacionária dos Estado Unidos
A crise e as oportunidades
As elites mundiais começam a desenhar um novo modelo de legitimação política do capitalismo atual: a socialdemocracia global. A estratégia altermundialista é a de pressionar pelo fortalecimento da ONU e lutar pela aprovação de uma nova declaração universal de direitos e por políticas públicas que garantam bem-viver
Simulações europeias
Quando socialistas, liberais e conservadores confluem para as mesmas posições no Parlamento Europeu, é preciso compreender porque. Talvez a despolitização seja resultante do bloco governante, que não quer romper com a coalizão. As consequências começam com grandes abstenções, mas não se sabe onde terminam…
Quando o jogo político asfixia o movimento social
O sistema político,incluindo partidos, não consegue processar as manifestações e demandas que hoje são apresentadas pelos movimentos sociais, isso gera um descompasso entre representantes e representados e leva estes movimentos a recusarem-se a “jogar o jogo”, dando novamente ao cidadão um papel central na política