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Interseccionalidade como ferramenta na busca pela justiça social
O livro Interseccionalidade analisa o surgimento, o crescimento e os contornos do conceito que lhe dá nome e mostra como as estruturas interseccionais abordam temas diversos, como direitos humanos, neoliberalismo e política de identidade. Em entrevista, Sirma Bilge, uma das autoras, analisa como a interseccionalidade pode apoiar as diversas lutas por justiça social

Resiliência por toda parte
Até onde ir com as políticas de arrocho e aperto fiscal e como chegar até lá? Como fazer que elas pareçam justificadas, até benéficas, e garantir sua aceitação social? O recurso às ciências cognitivas permite armar políticas públicas para esse fim e ajuda a moldar nosso comportamento; isso é ilustrado pela valorização da “resiliência”

A cozinha coletiva como lugar de luta
A polêmica provocada pela introdução, em janeiro deste ano, de refeições vegetarianas nos refeitórios de Lyon pôs a merenda escolar sob os holofotes. Entretanto, as questões vão muito além da alimentação com carne ou mesmo do rótulo “orgânico”. Livre dos produtos industrializados, a cozinha coletiva pode se tornar um laboratório do “comer bem”

A batalha do gás natural
A degradação das relações entre a Rússia e a Europa Ocidental ocupa as chancelarias desde 2014 com uma sucessão de disputas: conflito na Ucrânia, destino do opositor Alexei Navalny, gasoduto Nord Stream 2… O pano de fundo é o grande jogo estratégico em que se cruzam a estratégia russa, as exigências norte-americanas, os interesses alemães, a crise climática e o dogmatismo liberal da Comissão Europeia

Governo pandêmico: hora de apurar responsabilidades
Em sua saga para aniquilar o Estado brasileiro, ao relevar inaptidão, despreparo e desprezo pela ação pública, o presidente conduz um governo que alimenta o preconceito contra tudo que é público e deixa implícita a direção a tomar: franquear ao privado a gestão da nação

O enigmático silêncio africano
O fracasso da “comunidade internacional”, que condenou à morte 800 mil tútsis em Ruanda, tem sido objeto de muitas análises desde 1994. Mas como compreender o silêncio dos Estados e dos intelectuais africanos enquanto se perpetrava, à vista de todos, o último genocídio do século XX? Até hoje, os assassinos vivem tranquilamente espalhados pelo continente
Na França, a verdade continua bloqueada
Nos últimos meses, dois relatórios estabeleceram a responsabilidade acachapante da França e de François Mitterrand no genocídio dos tútsis em Ruanda em 1994. Essa cumplicidade é reflexo da história ou um simples arranjo político pontual entre os países? Na França, o controle do acesso aos arquivos constituiu um entrave para a busca por respostas
México abala a tutela norte-americana
O México observa sua soberania ser dilapidada por todas as partes. No plano institucional, pela corrupção. No territorial, pelos cartéis. No econômico, pelo livre-comércio. E, no geopolítico, por sua proximidade “maldita” com os Estados Unidos. Nesse último campo, o presidente López Obrador operou uma mudança discreta, porém determinante
Obama, de Dom Quixote a Sancho Pança
Poucos presidentes norte-americanos despertaram tanto entusiasmo e se beneficiaram de tanta popularidade internacional. Ao final, contudo, restou um sentimento de que faltou alguma coisa. Em suas Memórias, Barack Obama apresenta algumas chaves para entender essa decepção. Elas podem explicar a atual audácia econômica de seu antigo vice-presidente?
Por que os sindicatos perderam a batalha contra a Amazon nos EUA
Famosos hollywoodianos, jornalistas, políticos: todos desejavam a criação de uma seção sindical no imenso armazém da Amazon em Bessemer, no Alabama. Todo mundo, menos os trabalhadores do local, que votaram em massa contra a sindicalização… A pressão exercida pela transnacional durante a campanha bastaria para explicar esse resultado?
O declínio do sionismo de esquerda
Pela quarta vez em dois anos, a oposição ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se vê diante do mesmo impasse: embora majoritária, ela é tão heterogênea que não consegue chegar a um acordo. Com treze das 120 cadeiras do Parlamento, a esquerda sionista, encarnada pelo histórico Partido Trabalhista e pelo Meretz, parece velar a hegemonia perdida
Pacifistas não entendem a ideologia de Netanyahu
Por muito tempo minoritário, o Likud se impôs pouco a pouco como a maior força política de Israel – uma ascensão que deve muito à personalidade de seus dirigentes. Quer se trate de Menahen Begin, primeiro a vencer a esquerda, de Yitzhak Shamir, antigo chefe de uma organização terrorista, ou de Benjamin Netanyahu, o atual primeiro ministro, todos trabalharam para intensificar a colonização dos territórios palestinos
A invasão do lixo no Sudeste Asiático
A solução depende dos consumidores e das comunidades locais! Essa é a filosofia das empresas que produzem plástico em abundância, sem se preocupar com o que acontece com ele. Quando a China decidiu recusar os dejetos enviados pelos países ocidentais, seus vizinhos foram inundados, em detrimento da saúde da população. E se tratássemos o problema na fonte?
Agro, um mau negócio
Após cinco décadas de imposição global de um projeto que se apresenta como o único viável, boas notícias: alternativas para a produção de alimentos saudáveis, acessíveis e sustentáveis continuam em curso, prefigurando futuros promissores. Estarão as lideranças e organizações – inclusive as da esquerda institucional – atentas a essa força social transformadora?
O triunfo dos supermercados no Brasil da fome
Hoje, as grandes redes de supermercados são garantia de encontrar o preço mais baixo, porque elas têm a condição de espremer os fornecedores, levando-os inclusive a prejuízos e falências. Mas não sabemos se estaríamos pagando mais barato caso não existissem. Elas remoldaram nosso sistema alimentar de uma forma tão profunda que é impossível restituir as variáveis que nos permitiriam fazer essa conta
Ultraprocessados, ultraesfomeados e o sistema agroalimentar moderno
Alguns parágrafos são suficientes para mostrar como o sistema agroalimentar dominante e o agronegócio andam junto com os alimentos ultraprocessados e formam uma trindade indissolúvel que causa desequilíbrio ambiental, insegurança alimentar, fome, doenças, desigualdades sociais e desesperança