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Nacionalizar os bancos
Em meio a um clima de precipitação, os Estados vêm pagando trilhões de dólares para socorrer as instituições financeiras. Já não é sem tempo que eles assumam de vez a direção das operações
Ímpeto reformista do G-20
Para além das medidas macroeconômicas tomadas para conter a depressão, deveríamos também contar com tentativas de reorxdenações estruturais na esfera financeira. É essa a principal aposta do G20 em sua reunião, em Londres, no início de abril
E o Estado desregulou os mercados…
Para entender a razão pela qual os países confiaram ao mercado o posto de administrador da economia mundial, basta olhar para o caso francês, em especial durante o governo do socialista François Mitterrand. Equivalente a 5% do PIB em 1982, a capitalização da bolsa francesa representava 20% dele quatro anos depois
A esquerda se tornou liberal
Sejam quais forem as diferenças entre uma centro-esquerda moderna, a terceira via e um socialismo liberal, o que sobra é um socialismo renovado que se diz igualitário, que não pretende erradicar todas as desigualdades e que exige o reconhecimento do caráter potencialmente benéfico de um mercado regulamentado
A terceirização da comida
A alimentação escolar é um direito constitucional dos estudantes e uma obrigação do poder público. Delegar essa tarefa a empresas terceirizadas de refeições coletivas revela a falta de compromisso do Estado com a educação pública de qualidade e a promoção da segurança alimentar e nutricional
Um programa educacional transformador
No lugar da revolução pela economia, especialmente por meio da propriedade estatal do capital e por um Estado onipresente e autoritário, o educacionismo propõe uma saída pela igualdade no acesso de cada pessoa à educação de qualidade, tendo em vista sua emancipação e capacidade de participação em um projeto libertário
Imperialismo francês na conquista da África
Em 20 anos, o continente africano tornou-se um dos pilares do conglomerado de Vincent Bolloré. Com 19 mil assalariados, 200 agências em 43 países e instalações altamente estratégicas, como portos, transportes e plantações, o empresário francês age como um imperador e conta com o total apoio do governo Sarkozy
A tragédia berbere
Há gerações a sobrevivência dos berberes está diretamente ligada ao cultivo das argânias, árvores que servem como barreira à desertificação. Mas, recentemente, as virtudes de seu fruto foram descobertas pelas grandes empresas de cosmético e a exploração descontrolada ameaça a floresta e a vida dos camponeses da região
O que se discutiu no Fórum Social Mundial
O FSM tornou-se um importante espaço de articulações políticas entre organizações e movimentos sociais e se constituiu como uma arena de propostas diversas para a transformação das condições e modos de vida em vários contextos. O primeiro desafio é traduzi-las em práticas concretas do dia-a-dia
A potência da ação coletiva
Os novos atores sociais e políticos aprendem, com suas próprias experiências e com a de outros movimentos sociais, a recusar o lugar subalterno que as instituições da sociedade lhes destinaram, e que em muitos casos são herança colonial.
Wikipédia, o fim da excelência
Na enciclopédia gratuita escrita por seus usuários, os redatores são classificados de acordo com o número de contribuições e o tipo de artigo sobre o qual se debruçam. Porém, a liberdade de colocar online qualquer conteúdo que quiserem nem sempre é bem-vinda: se algumas páginas são excelentes, outras são péssimas
A riqueza dos pobres contra a pobreza dos ricos
Na crise financeira atual, a figura central do “pobre” aparece em toda a sua potência. Temos agora uma multiplicidade de sujeitos – trabalhadores dos serviços e usuários, estudantes, imigrantes e desempregados – com diversas formas de luta: greves, manifestações, piquetes nas estradas e levantes quase insurrecionais.
Hoje tem espetáculo? Tem sim sinhô!
Atualmente a lona do circo não faz parte do cenário urbano da maioria das cidades brasileiras. Mas décadas atrás sempre havia um palhaço que marcava a vida das crianças. Sem falar nos trapezistas, parlapatões e cavalinhos. Tomem seus lugares que o espetáculo já vai começar!
Caminhar olhando para trás
No amplo espectro de tranformações políticas na região sul-americana, o processo boliviano tem as características mais avançadas de uma mudança estrutural. A partir da luta antiestatal os movimentos sociais e indígenas passaram a pensar formas de governo e de autodeterminação social, chegando a um novo projeto de país
Compreender, imaginar, conjecturar
Fui deportada para o campo de concentração Ravensbrück, na Alemanha, em 1943, com todos os meus manuscritos. Somente então reformulei minhas classificações “humanistas” e aprendi sobre o crime e os criminosos, sobre o sofrimento e aqueles que sofrem, sobre a covardia, o medo, a fome, o pânico e a raiva
A volta dos que não foram
Ainda que tenha participado de algumas instâncias menores, a França retorna somente agora à Otan, após mais de meio século oficialmente fora. Entre os desafios que tem pela frente estão a integração das ações da Aliança às da União Europeia e a coordenação dos novos membros vindos do Leste
A primavera de Kundera
Basta ler a obra do escritor tcheco para perceber que ela não é indiferente ao contexto histórico em que se desenvolvem as narrativas. Seu foco, porém, é outro: para Kundera, o romance não tem uma função inicial de politizar, mas de desestabilizar nossos pensamentos e representações admitidas
Nacionalizar os bancos
Em meio a um clima de precipitação, os Estados vêm pagando trilhões de dólares para socorrer as instituições financeiras. Já não é sem tempo que eles assumam de vez a direção das operações
Ímpeto reformista do G-20
Para além das medidas macroeconômicas tomadas para conter a depressão, deveríamos também contar com tentativas de reorxdenações estruturais na esfera financeira. É essa a principal aposta do G20 em sua reunião, em Londres, no início de abril
E o Estado desregulou os mercados…
Para entender a razão pela qual os países confiaram ao mercado o posto de administrador da economia mundial, basta olhar para o caso francês, em especial durante o governo do socialista François Mitterrand. Equivalente a 5% do PIB em 1982, a capitalização da bolsa francesa representava 20% dele quatro anos depois