Feminismos transnacionais
Feminismos transnacionais |
Feminismos no plural e na constante expansão de fronteiras. Alcançar esse pensamento é o objetivo desse especial que trará reflexões na tentativa de ir além de uma visão monolítica e endógena do que é o feminismo. Acreditamos em feminismos inscritos em suas possibilidades ao entender como mulheres, em suas diferenças culturais e regionais, expressam e fazem seus direitos acontecerem. Este especial é feito em parceria com Liz Cosmelli e Beatriz Brandão.
Por que Feminismos Transnacionais? Fechamento de nove meses do especial
O feminismo transnacional é um conceito que movimenta a esfera de uma globalização contra hegemônica, que dialoga com a transnacionalização
Mulheres Apinajé: saberes e conhecimentos através de gerações
As mulheres Apinajé atuam nas frentes culturais, territoriais, educacionais e sociais e para essa conversa apresentaremos uma linhagem de mulheres da aldeia São José liderada pela anciã Itelvina Dias, de 96 anos de idade reconhecida por todo o povo por ser uma das guardiãs da cultura
Feminismos periféricos e campesinato: resistências ao neoliberalismo
A organização de movimentos de mulheres rurais durante a década de 1980 trouxe à tona um processo que articulou distintas formas de resistência e mobilização na luta por direitos e pelo reconhecimento do seu trabalho
A luta de mulheres do interior do interior do Maranhão
A expressão é interior do interior do Maranhão é utilizada pelas pessoas em diferentes locais do estado como referência às zonas rurais, povoados, destacando ainda mais as distâncias geográficas, mas também sociais e de acesso a serviços públicos dessas localidades com relação a capital, a ilha de São Luís.
A rota do parto para as mulheres de Fernando de Noronha
Apesar de ser reconhecido pelos resultados positivos no que tange à redução da morbimortalidade materno-infantil no estado de Pernambuco, o Programa Mãe Coruja encontrava em Noronha desafios outros, os quais emergiam a partir de uma conjunção de impedimentos que levam a gestante noronhense a se deslocar da ilha até o continente para parir
Na prática, a teoria é outra: o caso Mariana Ferrer e os mitos sobre estupro
À primeira vista, a maior parte das pessoas se diz extremamente repugnada por casos de violência sexual. Não raro, em reação a relatos de estupro ou assédio, ouvimos uma série argumentos em prol de endurecimento penal e, até mesmo, de castração química de criminosos sexuais. Na prática, contudo, a teoria é outra. Diante de histórias reais de abuso, proliferam-se dúvidas, suspeições e demandas por maior contextualização
Violência obstétrica e outros significados atribuídos à assistência ao parto
A ampliação da definição de formas de violência exercidas durante a assistência ao parto, como proposta pelo termo violência obstétrica, ampliou também o número de mulheres que passaram a se reconhecer como vítimas dela
O cuidado e a gestão da vida de mulheres grávidas que usam drogas
A figura de uma mulher grávida que muitas vezes se encontra em situação de rua chama atenção e tensiona uma série de limites e fronteiras morais
Considerações sobre a prostituição de brasileiras na França
Por que as mulheres migram e se prostituem na Europa? Por quais motivos as mulheres empreendem uma viagem e da entrada do universo do trabalho sexual? As trajetórias de migração e de prostituição das migrantes trabalhadoras sexuais na França são os resultados de escolhas pessoais livres e conscientes ou são distorcidas por necessidades estruturais? Essas perguntas são algumas das quais vamos tentar responder ao longo desse artigo
O corpo da mulher como elemento privilegiado de manifestação de poder
Artigo da série especial Feminismos transnacionais trata do tema da prostituição e as formas de percorrer esse caminho. “São muitas as variáveis que interferem na experiência humana. Um único caminho com inúmeras possibilidades, sensações e perspectivas. Apesar disso, o relativismo não é absoluto: é situado em determinado espaço e tempo.”
Mulheres e Cannabis: resistência nas formas de fazer política
Qual o papel das mulheres na mobilização que fomentou a criação do projeto de lei que pretende regulamentar o cultivo da Cannabis?
Uma reflexão sobre os desafios da construção do feminino nas telenovelas
As telenovelas precisam acompanhar a sociedade e continuar dialogando com valores, práticas, ativando discursos do público para sobreviver. Portanto, devem oferecer ao espectador cada vez mais narrativas, tramas, atores que possam criar identificação, diálogo, sintonia com a atualidade
O bloco Vacas Profanas e a manifestação feminista no Carnaval de Olinda
A proposta de utilizar o carnaval como narrativa de protesto para a libertação de corpas femininas, nos conduz ao olhar multidirecionado a que se propõe o bloco, afinal o que é feminismo pra você que nos lê? Pra nós são feminismos, assim, no plural, tal qual a festa de momo.
Linhas Vermelhas: performances feministas na experiência da dor
As linhas vermelhas são uma espécie de memória silenciosa de uma história antiga, uma história feminina sempre lançada à sombra, a história da violência contra a mulher, que vem à tona e ganha forma e movimento na performance “No princípio fomos todos mulheres”
Experiência de corpas, identidades, artes e saberes afrodissidentes
Este artigo do especial Feminismos Transnacionais traz depoimentos sobre mulheres trans, negras e feministas. No texto dessa semana conhecemos e atravessamos trajetórias, que representam o transfeminismo negro, a partir de um projeto de extensão no nordeste brasileiro, numa Universidade Pública Paraibana
Sociabilidade favelada: experiências de lesbianidades na Maré
O exercício da lesbianidade dentro da Maré não é de simples compreensão porque aglutina tantas incidências que demanda um olhar atento para não cair no fatalismo de que é impossível ser uma lésbica feliz vivendo na Maré e ao mesmo tempo não criar um lugar de romantização das situações vividas pelas mulheres não heterossexuais da Maré
Casamento infantil: as meninas não podem ser deixadas para trás
Estima-se que todos os anos, 12 milhões de meninas ne casam antes de 18 anos, isso significa dizer que 1 em cada 5 meninas se casa antes dos 18 anos. O Brasil é o quarto país do mundo, em número absoluto de casamentos infantis, está entre os 5 países com número mais alto de casamentos infantis na América Latina
A distopia do cuidado no brasil opera no corpo das mulheres negras
Como é possível versar sobre cuidado e não se ocupar em investigar e visibilizar as causas que têm gerado sofrimento e exaustão nas mulheres negras? Mais um artigo da série Feminismos transnacionais.
A beleza negra como instrumento político de transformação social
A primeira saída dos colonizados é o embranquecimento: assemelhar-se tanto quanto possível ao branco para, enfim, reclamar-lhe direito e reconhecimento. O embranquecimento passa pela admiração da cor do outro, o colonizador, pela aceitação da colonização e pela autorrecusa e até o ódio de si mesmo
O paradoxo da justiça climática no Brasil: o que é e para quem?
Embora ainda pouco conhecido no Brasil, o conceito de justiça climática é definido pela conexão entre direitos humanos e as mudanças climáticas
A vitalidade dos feminismos negros
Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais.
“Nossos corpos por nós mesmas”: um projeto de tradução feminista
O que é isso no meu corpo? Tenho 35 anos, meu cabelo está caindo e minha menstruação começou a falhar. Será que já estou na menopausa? Não consigo engravidar: será que preciso de algum tratamento? Por que quando me masturbo tenho orgasmo, mas nunca quando faço sexo com alguém? Por que mulheres brancas com qualificação igual à minha ocupam lugares que eu poderia ocupar, enquanto eu estou na equipe de serviços gerais? Tá bom, as mulheres têm caminhado e conquistado direitos, mas e eu, que sou queer, lésbica, trans, negra, deficiente, onde posso achar informações sobre meu corpo, saúde e sexualidade?
A face conservadora da tecnologia da informação: predomínio branco e masculino
Por que há, na área de tecnologia, tão poucas mulheres e homens negros e tão poucas mulheres brancas? Embora tal questão seja pertinente, parto de outra, qual seja: por que essa área tem mantido o predomínio branco e masculino? Confira mais um artigo da série especial Feminismos Transnacionais
Crianças pretas importam! Marielle Franco e a Lei do Espaço Coruja
O doloroso caso de Miguel escancara o racismo com crianças pretas em nosso país, que recorrentemente são adultizadas, sendo exigido delas comportamentos compatíveis com uma faixa etária maior. Uma criança de 5 anos não pode ficar num elevador sozinha, por que a patroa de Mirtes permitiu que ele ficasse? Confira mais um artigo da séries especial Feminismos transnacionais
A luta contra o tráfico de pessoas na era da Covid-19
Será que novas pesquisadoras e ativistas feministas estão prontas para procurar novos aliados – tanto no terreno quanto nos corredores do poder – e reformular as suas reivindicações, ousando contribuir para a mobilização comprometida com mudanças sistémicas?
“Mulheres negras decidem: Para onde vamos”
Muitas mulheres negras foram historicizadas, porém, muito mais do que isso: mulheres negras construíram ativamente a história, a ciência, a realidade. Elas são presentes, construtoras e necessárias. Somos sabedoras dessa presença na genealogia ancestral que nos compõe e nos conduz. Por isso, esse texto vocaliza as nossas mulheres negras que estão pavimentando caminhos hoje, o que elas têm a nos dizer, a nos contar, a decidir? No reconhecimento de que os feminismos transnacionais se formam na pluralidade de mulheres, precisam delas e só se fazem mediante a escuta do que elas têm a dizer, apresentamos o material da pesquisa do Instituto Marielle Franco, na perspectiva de dialogar com os feminismos que nos sustentam, com outras e mais mulheres
Sem par neste 12 de junho? Lembre-se, a solidão pode ser um bem…
Solo, solitária, sozinha. São palavras evocativas da falta de companhia, do exílio de um grupo ou comunidade de pertencimento, remetendo também à punição por algum comportamento inadequado, não aceito ou julgado moralmente incorreto.
A pandemia pelo olhar de uma médica de família e comunidade do SUS
Depois de mais de dois meses de pandemia neste lugar tão peculiar, entendi que o adoecer e o morrer pelo Covid-19 são processos extremamente solitários e os rituais de luto – tão importantes para passarmos pela perda inesperada de quem amamos – não estão podendo ser realizados de maneira adequada pelas restrições sanitárias, o que torna o processamento mais complexo para quem fica
‘Você poderia ter me pedido’ – o trabalho invisível das mulheres
É necessário adotar um sistema de tributação progressiva, legislação em favor de quem está a frente do serviço doméstico e de cuidado e uma oferta maior de serviços públicos, que reduzam essa carga de trabalho não remunerada e invisibilizada.
Maternidade, academia e pandemia
Este ensaio-manifesto em tom auto-etnobiográfico, no qual tentamos analisar nossas subjetividades, relacionando-as ao fenômeno social, é uma tentativa de expor os efeitos da maternidade na vida acadêmica das mulheres e coloca em questão o futuro das nossas carreiras. Leia o artigo do especial Feminismos transnacionais.
Da fogueira ao microscópio: as mulheres na ciência
O debate sobre a mulher na ciência aponta, de forma crítica, o viés sexista nas universidades e centros de pesquisa, bem como a sua sub-representação nesse cenário, ou mesmo, em outros contextos específicos, em instituições científicas. Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais.
Territórios coletivos e ancestralidade: a luta das mulheres quilombolas
Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais.
A resistência feminista frente às mudanças climáticas
Falar de mudanças climáticas em um mundo crescentemente negacionista não é fácil, ainda mais ao relacionar a questão com gênero. Lideranças feministas despontam no Brasil e no mundo, trazendo resistência, movimento e ação no campo das mudanças climáticas, apesar do momento desafiador para avanços no campo da política institucional. Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais
A agenda feminista diplomática entre a guerra e as missões de paz
O Itamaraty registra somente 22,6%3 do quadro feminino, tendo suas atuações caracterizadas por relatos de discriminação e dificuldade de avançar na carreira, que denota baixa taxa de ocupação dos postos de chefia na hierarquia do Ministério das Relações Exteriores. Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais
Lições curdas sobre a libertação das mulheres
As guerrilheiras curdas foram retratadas deste lado do mundo como heroínas da democracia e do combate ao terrorismo islâmico, a partir de uma narrativa orientalista que busca enquadrar sua agência política no universo dos valores liberais da contemporaneidade ocidental. Entretanto, essa abordagem não compreende os processos protagonizados por essas guerrilheiras, visto que as unidades de autodefesa feminina são apenas uma pequena parte da batalha dessas mulheres por sua vida e liberdade. Confira mais um artigo do especial Feminismos transnacionais.
Mulheres moçambicanas na luta pela independência
O debate sobre feminismo em Moçambique passa pela história da independência, em 1975. Para Isabel Casimiro, professora de sociologia da Universidade Eduardo Mondlane (Maputo), sediar o próximo “Mundo de Mulheres” é um grande desafio para um país que viveu uma guerra civil de 16 anos, na qual a participação das mulheres como parte da luta pela emancipação do Estado, como agentes políticas e guerrilheiras, deve ser valorizada. Leia o artigo do especial Feminismos transnacionais.
O aumento da violência contra a mulher
Dados da OMS mostram que, durante a vida, uma em cada três mulheres ao redor do mundo sofre violência física ou sexual, a maioria sendo provocada por parceiro íntimo. Além do mais, estudos indicam que há um aumento da violência baseada no gênero em situações de crise humanitária como guerras, epidemias e desastres naturais. Leia os outros artigos do especial Feminismos transnacionais.
Os diferentes feminismos da mulher palestina e israelense
Afinal, qual é a diferença entre a continuidade de poder de Netanyahu, que já ocupa o cargo há 13 anos (1996 a 1999 e 2009 a 2019), e os novos ventos vindos do ex-comandante militar centrista para as mulheres palestinas e israelenses? A resposta é: nenhuma. Mais um artigo do especial Feminismos transnacionais.
Mulheres e participação política internacional
No Brasil, a baixa representatividade na política se reflete na Câmara: dos 513 deputados só 77 são mulheres; dos 11 cargos da Mesa Diretora (incluindo os suplentes) as deputadas ocupam apenas dois; e das 25 comissões permanentes somente quatro são presididas por mulheres. Sobre representatividade feminina no governo atual, ocupamos a posição de 149 de 188 países, com apenas duas mulheres entre os 22 ministros.